Das entranhas da África: como a varíola se espalhou para preocupar o mundo | Internacional

Monkeypox é uma doença viral que se espalha rapidamente que apareceu na década de 1970 na África.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou neste sábado uma emergência de saúde internacional, seu nível mais alto de alerta, devido ao atual surto de varicela, que já soma mais de 16.000 casos (cinco deles fatais) em 75 países, muitos deles na Europa, onde a doença não era endêmica.

No Chile, 39 casos foram confirmados até o momento, sendo a doença considerada uma preocupação “média”, como no resto do mundo, exceto na Europa onde o alerta é maior.

Estas são as principais datas desta doença de origem animal, geralmente não grave e cujo vírus é semelhante ao da varíola humana, doença erradicada desde 1980:

– 1970: primeiro caso detectado

Monkeypox foi detectado pela primeira vez em humanos em 1970 no República Democrática do Congo (RDC, então Zaire) em um menino de 9 anos, segundo a OMS.

Desde então, casos humanos de varíola foram relatados em áreas rurais ou florestais de 11 países africanos: Benin, Camarões, Costa do Marfim, República Centro-Africana, Gabão, Libéria, Nigéria, Congo, RDC, Serra Leoa e Sudão do Sul.

– 2003: primeiro surto fora da África

O primeiro surto fora do continente africano ocorre em EUAem junho de 2003.

As autoridades de saúde dos Centros de Detecção e Controle de Doenças (CDC) relataram 87 casos (dos quais 20 foram confirmados por análise), mas nenhuma morte.

A doença se espalhou por lá após a contaminação de cães da pradaria domésticos por roedores importados de Gana.

– 2017: epidemia na Nigéria

A partir de 2017, a Nigéria experimenta “uma grande epidemia” com mais de 500 casos suspeitos, mais de 200 casos confirmados e uma letalidade em torno de 3%, segundo a OMS.

Casos esporádicos em viajantes da Nigéria são relatados em Israel (setembro de 2018), Reino Unido (setembro de 2018, dezembro de 2019, maio de 2021 e maio de 2022), Cingapura (maio de 2019) e Estados Unidos (julho e novembro de 2021).

– Maio de 2022: surto de casos fora da África

A partir de maio de 2022, os casos aparecem em países onde a doença não era endêmica até então. No Reino Unido, no início de maio, uma série de infecções é detectada, principalmente entre homens homossexuais.

Em 20 de maio, este país tem 20 pacientes.

A doença também afeta Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália, Portugal e Suécia.

A OMS registra então 80 casos confirmados no mundo, com infecções também relatadas nos Estados Unidos, Canadá e Austrália.

– Final de maio: vacinação de casos de contato

Em 23 de maio, os Estados Unidos anunciam a vacinação dos casos de contato com vacinas contra a varíola, igualmente eficazes contra a varíola dos macacos.

No dia 26, a UE indica que está preparando compras conjuntas de vacinas e tratamentos contra a varíola, enquanto a França realiza as primeiras vacinações de caso no dia 27.

– Início de junho: mais de 1.000 casos

Em 8 de junho, o presidente da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anuncia “mais de 1.000 casos confirmados” em 29 países onde a doença não era endêmica até agora.

No dia 25, considera este surto uma ameaça muito preocupante para a saúde, mas que ainda não atingiu o nível de uma “emergência sanitária mundial”.

– Final de junho: vacinação preventiva

Em 21 de junho, o Reino Unido, que conta então com cerca de 800 casos, pede a vacinação preventiva de homens “em risco”, em particular homossexuais com múltiplos parceiros.

Em 8 de julho, a França também propõe a vacinação preventiva.

– Meados de julho: mais de 14.500 casos em 70 países

Em 19 de julho, as autoridades de saúde dos EUA (CDC) relataram mais de 14.500 casos confirmados em cerca de sessenta países onde a doença era anteriormente desconhecida.

Países europeus, Estados Unidos e Canadá concentram a maioria dos casos.

– 23 de julho:

A OMS ativa seu nível mais alto de alerta para varíola dos macacos.

Calvin Clayton

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