PIB e receitas públicas obrigam Fitch a ter melhores perspetivas para Portugal

A agência de notação financeira Fitch planeou um endosso à soberania soberana de Portugal, depois de, em abril, a classificação em `BBB+` ter permanecido inalterada, com perspetiva estatal.

“Além disso, confirma-se que a Fitch subirá para uma perspetiva positiva, acompanhada pelo facto de o S&P não ter arrancado este mês”, disse à Lusa o presidente do FMI – Informação de Mercados Financeiros, Filipe Garcia.

O economista considera que a agência terá de justificar a sua decisão “com uma evolução positiva na trajetória da divida/PIB [Produto Interno Bruto]com boa execução e perspetivas planeadas, a evolução das contas externas e previsões para incentivar o crescimento do país, no contexto da implementação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”.

Filipe Garcia credita que “haveria alguns argumentos a favor da elevação da nota para A-”, mas na verdade a Fitch manteve “uma perspetiva como “estavel” em abril, com uma ligeira tendência ascendente no spread dos alemães desde junho , bem como os `yields’ em Portugal a nível global, deverá ser evitada uma decisão mais favorável.”

Também o diretor de investimentos do Banco Carregosa, Filipe Silva, prevê “que a Fitch mantenha o seu rating e aumente o seu Outlook”. [perspetiva] para a economia portuguesa”.

“A economia portuguesa continua numa fase positiva de crescimento, superando as expectativas. Este crescimento terá de continuar a ser suportado pelas receitas do turismo, bem como pelos investimentos resultantes de duas explorações agrícolas europeias”, nota.

Segundo o analista, “Portugal terá de continuar a reduzir o rácio da face divisionista em relação ao PIB, o que ajudará a minimizar o impacto negativo do aumento das taxas de imposto”, factor de influência na avaliação da agência.

No ano passado, a Fitch melhorou o rating de Portugal de `BBB’ para `BBB+`, justificando a decisão como o facto da “política organizacional prudente de Portugal, apesar de dois choques externos significativos” e dos seus indicadores de governação. eo PIB `per capita`, acima da média de dois pares.

A próxima agência a comentar Portugal é a Moody’s, no dia 17 de novembro.

O rating é um endosso atribuído às agências de classificação financeira, com grande impacto no financiamento de dois países e empresas, uma vez que endossa o risco de crédito.

Os calendários das agências de ‘rating’ são, no entanto, meramente indicativos, podendo estas optar por não pronunciar as datas previstas ou antecipá-las com uma avaliação não agendada.


Calvin Clayton

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