Sondagens mostram que escândalos desgastam Costa e direita cresce em Portugal

Este conteúdo foi publicado em 26 de janeiro de 2023 – 09:30

Lisboa, 26 jan (EFE).- O conservador Partido Social Democrata (PSD), líder da oposição em Portugal, venceria hoje nas votações o Partido Socialista -que governa com maioria absoluta- segundo sondagens que reflectem o desgaste e lágrima do Executivo após os escândalos que precipitaram treze renúncias de altos funcionários.

O PSD somaria hoje 30,6% dos votos, contra 26,9% dos socialistas, uma ligeira diferença que na prática se traduziria num empate técnico, segundo uma sondagem pitagórica encomendada pelo grupo TVI e CNN Portugal.

53% dos inquiridos qualificam o desempenho do governo de António Costa como “mau” ou “muito mau”, que regista o seu nível mais baixo de popularidade.

À direita, pelo contrário, além da subida do PSD, cresce a Iniciativa Liberal e o extrema-direita Chega, que mais beneficiaria da crise política, com uma subida de 5 pontos que o consolidaria como a terceira força política em Portugal.

Outra pesquisa, encomendada pelo Diario de Notícias e TSF, apontou nesta semana a queda na intenção de voto nos socialistas – que ficariam com 27,1b%.

O PSD, nesta sondagem, não só não conseguiria aproveitar o desgaste socialista, como também cairia para 25,1%.

As estimativas de ambos os inquéritos estão longe dos resultados das eleições que, em janeiro de 2022, deram maioria absoluta aos socialistas – mais de 41% dos votos – contra 29,2% que o PSD obteve.

OS “CASITOS” QUE CUSTAM VOTOS

O desgaste do Governo da Costa responde a uma cadeia de escândalos que, desde o final do ano passado, causaram 13 baixas de altos cargos -ministros e secretários de Estado-.

Uma crise interna sem precedentes nos três governos liderados por António Costa e que levou mesmo o presidente do país, o conservador Marcelo Rebelo de Sousa, a intervir para pedir estabilidade.

Costa e Rebelo de Sousa declararam esta semana o fim da crise. O presidente descartou a possibilidade de mudança de governo e o primeiro-ministro optou por recuperar o “foco” na gestão.

Da oposição, agora acusam dois pesos pesados ​​do Executivo por suposta relação com denúncias de irregularidades, os titulares das Relações Exteriores, João Gomes Cravinho, e das Finanças, Fernando Medina.

O DIREITO ATENTO

Enquanto o PS tenta virar a página, o PSD mantém-se atento e desafia o líder socialista: “Este é o momento de mostrares o que vales. António Costa, este é o teu momento”, lançou ontem à noite o líder conservador, Luis Montenegro numa reunião do Conselho Nacional do seu partido.

Se Costa “não estivesse à altura”, avisou, iria ao presidente do país pedir um adiantamento eleitoral. EFE

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Calvin Clayton

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