Montenegro propõe “pacto nacional” para a Saúde, comunidades públicas e privadas

QUALQUER líder do Partido Social Democrata (PSD) acusou, esta quarta-feira, o Governo “da maior hipocrisia política de Portugal”: “O SNS só funciona com base em dois prestadores de serviços externos, tanto do sector privado como do sector social, para cobrir as lacunas do SNS.”

O social-democrata propôs, assim, um “pacto nacional” para a Saúde, que envolve o Governo, os partidos políticos e todos os sectores de actividade, públicos, sociais e privados.

No final de uma audição como Presidente da República, Luís Montenegro defendeu que “o setor da saúde exige uma forte diligência com uma dimensão estratégica e estrutural”.

Luís Montenegro diz que “é claro que o SNS nunca irá disponibilizar os médicos de que necessita por causa desta situação” e “só será possível conseguir a complementaridade entre os setores social e privado, algo que acaba de acontecer hoje, mas não foi assumido frontalmente pelo Governo”.

“O aquilo que é imposto por um Governo que está na fase descendente do seu mandato, está a caminho do fim, e que ao mesmo tempo faz o melhor sentido projectar a Saúde dos portugueses, ou sistema de saúde, para o próximo duas ou três décadas”, líder do PSD, criticando: “Isso pressupõe que o Governo deixe de andar com remendos, sempre atrás de preconceitos, decidindo sempre no topo do seu jogo, tomando iniciativas que são inconsequentes.”

O Governo precisa promover a paz e a estabilidade como médicos. Acreditamos que é desejável e possível que se chegue a um acordo

Questionado, tentará falar como primeiro-ministro sobre este pacto, o líder do PSD esclareceu que o entendimento que defende “não é entre PS e PSD”, mas vai além do “estabelecimento de regras de funcionamento” de um sistema de saúde que contempla os três setores.

“É uma divergência que, durante muitos anos, se estabeleceu entre PS e PSD por capricho ideológico. Esse capricho e ideologia resultou num resultado e assentamento na lama”, defendeu.

Montenegro disse querer denunciar “uma hipocrisia em Portugal” no setor da saúde: “Todos sabem que os nossos centros de saúde, os nossos hospitais, não apoiam os prestadores de serviços externos, os nossos tarefeiros, ou o caos seria muito pior”.

Numa altura em que “estamos a caminho de completar nove anos de governo socialista”, ou estado para o qual a Saúde em Portugal “tem uma responsabilidade que é óbvia e inequívoca, que é do Governo do PS e do Dr. , que “quer dar ao país uma solução para o SNS que não funcionou”.

“Houve um fracasso total e o caos que é iminente e que só quem pré-anunciou, criando agitação”alertou.

“Intranquilidade” foi, aliás, uma das palavras-chave do encontro entre Montenegro e Marcelo Rebelo de Sousa, mostrando-se o líder social-democrata preocupado “com a forma como o Governo gerou intranquilidade, mais, para nós, portugueses, no que respeita à sua funcionamento do SNS”.

“É necessário que o Governo dê tranquilidade ao povo português quanto à capacidade de resposta e acesso de duas cidades ao SNS. O Governo precisa promover a paz e a estabilidade como médicos. Acreditamos que é desejável e possível que se chegue a um acordo“, garantem os sindicatos, afirmando que o país “temos que saber a verdade”: “Independentemente de aderirmos a um acordo, não podemos ter uma pretensão, ou uma expectativa, que é uma falsa expectativa, de que todos os problemas do SNS “estão exatamente dependentes da obtenção deste acordo”.

Para Luís Montenegro, “é preciso tranquilizar, por um lado, mas, por outro, sentido de responsabilidade, para não criar uma falsa expectativa, e evitar, por um lado, que o ministro da Saúde pareça funcionar como Diretor Executivo do SNS, e “Por outro lado, o Diretor Executivo do SNS aparece apresentar-se como Ministro da Saúde”.

“Acreditamos que é possível e indesejável seguir um acordo como médicos”, disse ele.

Também o líder do PSD alertou que todos os problemas do SNS dependem deste acordo.

“É preciso ser verdadeiro e não suscitar falta de expectativa e evitar que o ministro da Saúde apareça a funcionar como diretor executivo e o diretor executivo apareça como ministro da Saúde”, disse, mostrando duas entrevistas consecutivas de Fernando Araújo e Manuel Pizarro em que, considero, irá interferir noutras competições.

Montenegro acusou o Governo de “erro total na definição de políticas na área da saúde”, cabendo a máxima responsabilidade ao primeiro-ministro, considerando que, neste momento, quase não há problema de falta de acesso a dois serviços portugueses, mas dá sua segurança.

“O Dr. António Costa quer dar uma solução ao SNS que não deu resultado, foi um fracasso total e levou ao caos que é iminente”, disse, apelando ao facto de ainda ter o bom senso de projectar o sistema de saúde português durante “as próximas duas ou três décadas”.

Esta audição com Marcelo Rebelo de Sousa foi solicitada pelo presidente do PSD ao terceiro dia, com caráter de urgência, uma iniciativa em Vila Real foi interrompida devido à preocupação quanto ao alerta do diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) pela possibilidade de um “novembro dramático” no setor.

Sem revelar a teoria defendida por Marcelo Rebelo de Sousa, o líder social-democrata manifestou a percepção de que o Presidente da República compreende os argumentos que exprimiu.

Luís Montenegro não quer, à saída do Palácio de Belém, responder a perguntas sobre outros temas, como as declarações do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, sobre o conflito entre Israel e o Hamas.

[Notícia atualizada às 15h27]

Leia também: SNS. Pizarro escolheu novo diretor por falta de candidatos meritórios

Todas as novidades. Minuto do ano.
Sétimo ano consecutivo Escola do Consumidor para Impressão Online.
Baixe nosso aplicativo gratuito.

Download da Apple Store
Baixar Google Play

Calvin Clayton

"Encrenqueiro incurável. Explorador. Estudante. Especialista profissional em álcool. Geek da Internet."

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *