Líder do PS diz que partidos devem “colocar na ordem do dia” a ética não ocupando cargos públicos – Política

Líder do PS diz que partidos devem “colocar a ética na ordem do dia” sem ocupar cargos públicos

“António José Seguro é alguém que está em excelentes condições para poder dar ao país o seu contributo cívico”, defende Jorge Seguro Sanches, membro da Comissão Política Nacional do PS e da chamada ala moderada do partido.

O líder socialista Jorge Seguro Sanches defendeu o que os partidos políticos devem colocar na agenda “questões que precisam de ser vistas como ética”, nomeadamente no exercício de funções públicas e políticas, elogiando António José Seguro.

“Os partidos políticos devem colocar na ordem do dia as questões que têm de encarar como éticas. Não só do ponto de vista programático ou discursivo, mas também do ponto de vista efectivo. Se não o fizermos, seguramente os extremistas ocuparão esse espaço na vida política”, considera o membro da Comissão Política Nacional do PS e da chamada ala moderada do partido, num comentário na SIC Notícias.

O antigo secretário de Estado da Defesa Nacional defendeu também que este deveria ser um tema abordado na campanha interna dos candidatos à liderança do PS, depois da demissão de António Costa apresentada esta semana.

O líder Lembrou foi membro do Secretariado Nacional do PS entre 2011 e 2014, altura em que o PS era liderado por António José Seguro.

“Esta é uma das preocupações que temos na direcção nacional, tem precisamente a ver com as questões éticas no exercício de funções públicas e políticas. Acho que temos de revisitar essas questões”, disse.

Questionado sobre uma nova candidatura de António José Seguro à liderança do PS, Seguro Sanches respondeu que não pode vacilar como antigo secretário-geral socialista, deixando apenas alguns elogios.

“António José Seguro é alguém que está em excelentes condições para poder dar ao país o seu contributo cívico. (…) É muito importante que a política reúna os melhores, mas não no caso de António José Seguro , considerou “que é alguém que faz todo o sentido que continua a dar o seu contributo à vida política portuguesa, como se entende, como é evidente”, disse.

Na sexta feira, António José Seguro afirmou ter sido encorajado a concorrer novamente à liderança dos socialistas e considerou que parte da maioria desastrosa dos portugueses estava com um sentimento de tristeza e inquietação.

José Luís Carneiro, atual ministro da Administração Interna, e Pedro Nuno Santos, deputado e ex-ministro das Infraestruturas, serão candidatos à liderança do PS.

As eleições diretas para a sucessão de António Costa no cargo de secretário-geral do PS estão marcadas para 15 e 16 de dezembro – em simultâneo com a eleição dos delegados – o congresso está marcado para 6 e 7 de janeiro.

Portugal terá as suas eleições legislativas realizadas no dia 10 de março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, na sequência do falecimento do primeiro-ministro, ao terceiro dia.

António Costa é responsável por uma investigação do Ministério Público (MP) no Supremo Tribunal de Justiça, depois de suspeitar de um processo relacionado com negócios relacionados com lítio, hidrogénio verde e um data center em Sines terem invocado ou o seu nome como costumo intervir para desbloquear procedimentos.

O Ministério Público considera que a intervenção do primeiro ministro foi feita na aprovação de um diploma a favor dos interesses da empresa Start Campus, responsável pelo data center, segundo a indicação, que contém diversas outras referências a António Costa.

No dia da sua decisão, Costa contestou a prática “de qualquer ato ilícito ou censurável”.

Segundo o MP, a persecução dos negócios urbanos de Boticas e Montalegre, do hidrogénio verde e do data center de Sines poderá estar na origem dos crimes de prevaricação, corrupção ativa e passiva de titulares de cargos políticos e tráfico de influência.

No total, não houve qualquer processo, entre o ministro das Infraestruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, e o advogado e ex-porta-voz do PS João Tiago Silveira e a empresa Start Campus.

Cinco pessoas detidas para interrogatório: o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, dois administradores da empresa Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, o advogado Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa.

Raven Carlson

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