Banco de Portugal “está muito confortável” depois da polémica que o rodeia

“Houve uma declaração do Conselho de Administração [do Banco de Portugal] O que você diz ou o que precisa saber sobre o parecer do Comitê de Ética? [do Banco de Portugal]. Como há instituições que funcionam, o Banco de Portugal fica muito confortável“, disse Centeno, em resposta a uma questão relativa à aprovação da Comissão de Ética da sua conduta na polémica da nomeação para primeiro-ministro.

Centeno escusou-se posteriormente a responder a mais perguntas sobre o “convite” para eventualmente assumir um Governo do PS, afirmando que a conferência de imprensa do folheto é sobre o Relatório sobre o Estabelecimento Financeiro.

“Vamos apresentar o Relatório de Estabilidade Financeira, todas as perguntas que me vão colocar estão respondidas, não teremos mais comentários esta manhã, aqui, sobre essa questão”, acrescentou Centeno.

A semana passada ficou marcada pela polémica sobre o nome de Mário Centeno (ex-ministro das Finanças do Governo PS) ter sido proposto para o actual primeiro-ministro substituir o seu cargo (depois de António Costa ter sido demitido devido a uma investigação na Justiça), ou que suscitou críticas dos partidos da oposição, considerando que se devia à independência de Centeno como governador, e a uma disputa entre Mário Centeno e o Presidente da República.

Em declarações ao jornal Financial Times, no domingo, 12 de novembro, o governador do Banco de Portugal afirmou ter “um convite do Presidente e do primeiro-ministro para refletir e considerar a possibilidade de liderar o Governo” e que era “muito tempo para tomar uma decisão.”

Aliás, na manhã de domingo da segunda feira, o Presidente da República publicou uma nota negando que tivesse um convidado que o quisesse para o cargo de chefe do Governo, incluindo o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, ou autorizado qualquer contato para esse efeito.

Segundo a declaração de Marcelo Rebelo de Sousa, Centeno corrigiu a sua afirmação: “É inequívoco que o Presidente da República não me convidou para chefiar o Governo”, uma vez que optou pela dissolução da Assembleia da República, afirmou Mário Centeno em comunicado.

Na sequência de Mário Centeno, foi realizada uma reunião extraordinária da Comissão de Ética do Banco de Portugal, para ser referendado, considera-se que o governador cumpriu determinadas normas de conduta e “agiu com uma reserva reservada”. Contudo, acentua-se que, “a nível objectivo, os subsequentes desenvolvimentos político-midiáticos podem traçar danos à imagem do Banco”, considerando que “a defesa da instituição é ainda mais relevante num período como o actual”.

Neste sentido, recomendei à mesa presidente que “o governador, a Administração do Banco não continuem todos empenhados na salvaguarda da imagem e reputação do Banco de Portugal”.

O Conselho de Administração do Banco de Portugal, liderado pelo governador, considera que “estamos sempre reunindo as condições de independência do Banco de Portugal e de duas das suas organizações para o exercício das suas competências”.

Na União Europeia, os eurodeputados do PPE (família política europeia da qual faz parte ou PSD) vão enviar perguntas à presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, sobre o tema questionando sobre o que consideram ser uma “violação grave “do código de conduta responsável de dois bancos.

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Calvin Clayton

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