Um susto no meio de uma crise de energia
O corte registado este domingo não teve consequências para o abastecimento de gás que chega ao território espanhol. Mas a incidência ocorre em um momento crítico em termos de energia. O capítulo vivido neste domingo lembra muito alguns dos que a Rússia protagonizou com a Europa. O Kremlin vem alegando problemas técnicos há alguns meses para reduzir gradualmente o fornecimento de gás para países tão dependentes como a Alemanha. De fato, esta mesma semana os teutões prenderam a respiração enquanto olhavam cheios de medo para o Nord Stream, o gasoduto que liga seu país ao liderado por Vladimir Putin. Após algumas tarefas de manutenção, Moscou reabriu a torneira, mas a preocupação não se dissipou entre os europeus.
De fato, nesta mesma semana a Comissão Europeia apresentou um plano de economia de gás para tentar passar o inverno com o mínimo de sustos possível diante de um possível corte de abastecimento russo. Pretende pressionar os parceiros a reduzirem em 15% o consumo desta matéria-prima. O documento levantou uma nuvem de poeira entre os parceiros do sul. Espanha, Grécia ou Portugal recusaram-se a cumprir as exigências de Bruxelas. Teresa Ribera foi ainda mais longe ao lançar uma mensagem invulgarmente dura: ao contrário de outros países, não vivemos acima das nossas possibilidades do ponto de vista energético.
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