Quatro em cada cinco bancos pesquisados (82%) planejam mover mais da metade de seus processos executados no mainframe para a nuvem e, desses, quase um em cada quatro (22%) planeja mover mais de três quartos, e a vasta A maioria planeja fazê-lo nos próximos dois a cinco anos, de acordo com um estudo da Accenture.
O relatório indica que esses bancos veem uma “grande oportunidade” na migração do ‘mainframe’, pois 43% consideram que traz velocidade, 41% acham que dará agilidade e 37% indicam que obterão segurança, por isso poderá adquirir novas capacidades.
Além disso, 62% dos executivos esperam que a taxa interna de retorno de seus investimentos em migração seja superior a 10% e quase 80% esperam pagar seu investimento em apenas 18 meses.
Como resultado, a maioria dos bancos começou a migrar determinados aplicativos para a nuvem, mas ainda depende da tecnologia de mainframe para funções essenciais, como registro de clientes, pagamentos, risco e conformidade.
O diretor geral de Serviços Financeiros da Accenture na Espanha, Portugal e Israel, Diego López Abellán, afirmou que muitos bancos adotaram a nuvem para seus serviços com mais clientes digitais e para várias das ferramentas usadas por seus funcionários, mas continuam dependem dos servidores antigos para sua atividade comercial principal.
“Como resultado, a maioria dos produtos bancários básicos, como contas correntes e poupança, funcionam com códigos escritos décadas atrás. Com o aumento das taxas de juros, o crescimento das fintechs e o aumento da concorrência por produtos pagos, a nuvem é uma oportunidade para impulsionar rapidamente a inovação nos principais produtos bancários”, acrescentou.
O CUSTO DE MANUTENÇÃO DO ‘MAINFRAME’ INCENTIVA A MIGRAÇÃO
A grande maioria (91%) dos bancos pesquisados indicou que o custo de manutenção do mainframe aumentou nos últimos anos, por isso a migração para a nuvem é vista como uma oportunidade de eficiência.
Dessa forma, quase dois terços (63%) dos bancos planejam migrar suas cargas de trabalho para ambientes de nuvem pública que proporcionam maior lucratividade, flexibilidade e facilidade de conformidade regulatória; um terceiro planeja usar um modelo de nuvem híbrida e apenas 6% planejam usar nuvem privada.
Além disso, a maioria dos mainframes são muito antigos. Assim, 58% dos inquiridos indicam que os seus sistemas ‘mainframe’ têm entre 5 e 10 anos, 27% entre 11 e 20 anos e 9% entre 21 e 30 anos.
PRINCIPAIS DESAFIOS
Entre os principais desafios relacionados a essa migração estão o risco de interrupção dos negócios, novas formas de trabalhar nessas tecnologias, a capacidade de atrair e reter os talentos tecnológicos certos e a regulamentação dos riscos de segurança e conformidade, segundo a Accenture.
Em relação ao talento, os executivos apontaram que as necessidades “são muito específicas” e concentram-se principalmente na demanda por conhecimentos de segurança cibernética (47%) e soluções em nuvem (46%), a que se soma a capacidade de projetar plataformas, infraestruturas e aplicativos para velocidade e agilidade.
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