Portugal oferece-se como “plataforma” entre a Ucrânia e África e a América Latina

Lisboa, 24 ago (EFE).- O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esta quinta-feira que o seu país está disponível para ser uma “plataforma” que permita à Ucrânia aproximar-se de África e da América Latina.

Numa retrospectiva da sua visita de dois dias à Ucrânia, Rebelo de Sousa afirmou em Kiev perante a comunicação social portuguesa que o seu homólogo, Volodymyr Zelensky, “respeita muito o mundo de língua portuguesa” e está “muito ansioso” por ter mais contactos.

Zelensky “respeita muito o peso de Portugal, a nossa posição enquanto plataforma, na qual a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) desempenha um papel muito importante, e está muito ansioso por aproveitar todas as reuniões para ter mais contactos”, disse o líder.

A CPLP, acrescentou, é uma “dimensão fundamental” da política externa de Portugal e “tem ganho importância no Atlântico Sul, no mundo ibero-americano”, pelo que “é claro que, numa situação como a da Ucrânia, a O peso destas duas comunidades é muito importante.

Anteriormente, numa conferência de imprensa conjunta com Zelensky realizada esta quinta-feira, o Presidente português tinha destacado a “experiência” de Portugal em missões em África.

“Portugal tem experiência de intervenção em missões internacionais, nomeadamente em África, o que lhe permite acompanhar intervenções de grupos não africanos naquelas sociedades e Estados, onde desempenhamos uma missão de estabilização política”, afirmou em declarações divulgadas pela agência Lusa. . .

Fundada em 1996, a CPLP é composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Portugal, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

TODOS OS OBJETIVOS FORAM ATINGIDOS

O conservador Marcelo Rebelo de Sousa concluiu hoje uma visita de dois dias à Ucrânia, uma viagem que “alcançou todos os objetivos” e ficou marcada pelo apoio de Portugal à adesão da Ucrânia à União Europeia e à NATO, disse.

“A viagem, creio, atingiu todos os objectivos pretendidos (…), foi uma viagem que olhou para o passado, olhou para o presente e sobretudo foi orientada para o futuro”, disse aos jornalistas.

Durante a sua visita quis “compreender o pulsar e a normalização da vida” na Ucrânia apesar da invasão russa e encontrar “um clima de esperança para o futuro”, continuou Rebelo de Sousa, que anunciou a realização de um fórum empresarial português. Ucraniano no próximo outono.

ZELENSKI “MUITO EMPENHADO E ESPERANÇADO”

Durante a sua visita, o Presidente português, que se encontrou várias vezes com Zelensky, viu o seu homólogo “muito empenhado e muito esperançoso” com o progresso ucraniano na guerra”, embora “muitos não sejam percetíveis porque é um progresso muito extenso”.

Questionado sobre se Zelensky lhe tinha dado alguma previsão sobre o fim do conflito, Rebelo de Sousa respondeu que “haverá mais progressos ao longo do outono e na transição para o inverno”, mas esclareceu que “qualquer pessoa sensata não tem calendários quando “É sobre guerras.”

Durante a sua visita, presenteou Zelensky com o Grande Colar da Ordem da Liberdade, a mais alta condecoração de Portugal, numa cerimónia privada e “discreta”.

Sobre uma eventual visita do líder ucraniano a Portugal, afirmou que “espera vê-lo mais rapidamente do que pensava” em solo português, embora seja necessário “esperar um pouco”. EFE

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(foto)

Darcy Franklin

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