Lisboa, 21 jul. Portugal levantou o estado de alerta face ao risco de incêndios após a melhoria das previsões de humidade, temperatura e vento para os próximos dias no país.
O ministro da Administração Interna português, José Luís Carneiro, anunciou esta quinta-feira em conferência de imprensa que “a partir de agora as restrições passarão a ser regionais” e de acordo com a classificação de perigo de incêndio rural.
Ainda assim, garantiu que o dispositivo de segurança e combate a incêndios continua “preparado” e pediu à população que “tenha cuidado” com o seu comportamento em meio rural.
Portugal, que atingiu picos de 47 graus nos últimos dias, enfrenta uma queda média das temperaturas entre 5 e 10 graus, além de um aumento da humidade entre 10 e 20%, segundo o ministro.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil portuguesa lembrou hoje em comunicado que o perigo de incêndio rural é “muito elevado a máximo em grande parte do território”.
Esta semana, o ministro tinha especificado que cerca de 60% dos incêndios declarados no país este ano foram causados pelo uso indevido de fogo, 4% pelo uso de máquinas e cerca de 13% foram provocados.
A polícia portuguesa prendeu mais de 50 pessoas por suposta relação com os incêndios, quase o dobro do que em 2021.
Os incêndios que atingiram Portugal nas últimas semanas deixaram três vítimas mortais: um piloto que trabalhou na extinção e um casal de idosos que sofreu um acidente com o seu automóvel quando saíam da sua aldeia para fugir das chamas.
Portugal estava em estado de contingência – um grau a mais do que alerta – na semana passada, quando eclodiram os incêndios mais graves com temperaturas recordes que chegaram a 47 graus.
O país soma cerca de 1.200 incêndios desde o início de julho que devastaram cerca de 45.000 hectares.
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