O Parlamento português aprovou esta sexta-feira, 16 de dezembro de 2022, uma resolução que condena o Mundial do Qatar, as violações dos direitos humanos no país e os crimes ambientais cometidos para organizar o campeonato; seis dias depois da eliminação da seleção portuguesa.
A proposta, apresentada pelo partido animalista PAN, foi apoiada pela maioria da câmara, incluindo o governista Partido Socialista, e com a abstenção do PSD (centro-direita) e a rejeição do extremo-direito Chega.
O documento condena “as violações dos direitos humanos no Qatar, principalmente a exploração laboral dos trabalhadores migrantes, os direitos das mulheres e da comunidade LGBTI, incluindo as responsabilidades da FIFA”, bem como os crimes ambientais.
A Copa do Mundo no Catar gerou polêmica em Portugal, onde um Parlamento dividido autorizou a viagem do presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, em novembro para apoiar a seleção nacional.
A viagem decorreu com o apoio dos socialistas – que têm maioria absoluta -, do PSD e dos comunistas.
O primeiro-ministro, o socialista António Costa, também esteve presente num dos jogos da seleção portuguesa no Qatar.
Portugal caiu nos quartos de final do Mundial frente a Marrocos (1-0), no passado sábado. EFE
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