Desta forma, o Chega pretende expandir-se para uma base social mais alargada e “criar uma relação de proximidade” com o seu potencial eleitorado, imitando o modelo “bem-sucedido” do Vox. Eles não escondem que os objetivos do sindicato também incluem defender a pátria, a família e lutar contra as atuais políticas de imigração.
Chega, o Vox Português
Nessa mesma linha, Ventura se define: “Economicamente liberal, nacionalista e conservador”. Vindo das fileiras do PSD conservador, fundou o Chega em 2019 e, há dois anos, anunciou a sua filiação à associação europeia de extrema-direita Identidade e Democracia. Já em 2021, assinou com a Vox a Carta de Madrid contra os “jugos totalitários de inspiração comunista”. Assim, não surpreende que, por alusões históricas, tenham decidido batizar seus sindicatos como o mítico movimento trabalhista polonês Solidarnost, que lutou contra as autoridades comunistas na década de 1980.
O Chega concorreu pela primeira vez nas eleições de 2019 e conquistou um lugar. Nas eleições de janeiro deste ano aumentou para 12 deputados, o que não o ajudou a formar um governo de coalizão com outros grupos conservadores. Isso sim, os inquéritos indicam que é o único partido que está a conseguir capitalizar a queda de popularidade do Executivo socialista de António Costa. Pesados pela inflação e pela guerra, foram as polêmicas em torno dos atuais ministros que acabaram por distanciar o Executivo da população. As últimas sondagens indicaram que, com mais quatro lugares, o Chega parece ser quem melhor aproveita este vácuo, posicionando-se como alternativa aos abusos das elites políticas.
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