Morre John Olsen, o famoso pintor australiano que se inspirou na Espanha

Artista australiano premiado john olsen, que depois de viver na Espanha no final da década de 1950 pintou o célebre tríptico “Encontro Espanhol”, morreu aos 95 anos, informaram fontes familiares. “Ele morreu pacificamente na manhã passada”, disse o filho do artista, o escritor Tim Olsen, à emissora pública australiana ABC na quarta-feira, lamentando que seja “uma grande perda para a Austrália”.

O artista, nascido em 1928 na cidade de Newcastle, cerca de 170 quilômetros ao norte de Sydney, ganhou, entre outros prêmios, o Archibald em 2005 -um dos prêmios de retratos mais reconhecidos da Austrália- e foi reconhecido com a Ordem do Império Britânico em 1977 e a Ordem da Austrália em 2001.

Olsen ficou conhecido principalmente por capturar paisagens nas quais experimentou cor, linha e figuração, conforme definido pelo portal da Galeria de Arte de New South Wales.

Esta galeria adquiriu em 1960 a pintura a óleo “Spanish Encounter”, que destaca a “vitalidade” de Olsen, “derivada de sua experiência na Espanha combinada com a atividade pulsante da vida no centro de Sydney”.

O enérgico artista viveu na Europa entre 1957 e 1960, período em que se fixou em Espanha, e cinco anos depois regressou àquele continente para passar uma temporada em Portugal, outra das suas fontes de inspiração.

Após regressar à Austrália, afirmou-se como um dos principais artistas do país oceânico com a sua série “You beaut country”, que emolduraria uma vasta obra em que representaria as paisagens e a identidade da sua terra natal.

Ao longo de mais de seis décadas como pintor, Olsen acumulou inúmeros prêmios e viu seu trabalho exposto em renomadas galerias de arte na Austrália e no exterior.

Da mesma forma, o artista era conhecido pela paixão pela pintura e não escondia a obsessão pela arte, que desenvolveu quando tinha apenas quatro anos.

“Os artistas nascem, não se fazem”, resumiu depois de receber a Ordem da Austrália em 2001, um dos principais reconhecimentos do país oceânico que visa “reconhecer os cidadãos australianos e outras pessoas pelas suas realizações ou serviços meritórios”.

Miranda Pearson

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