A Guarda Civil de Zamora está a investigar duas pessoas por crime de rapto de criança, concretamente, um bebé de 16 meses que alegadamente estava desacompanhado e que se recusaram a entregar aos Serviços Sociais e que os levaram imediatamente para Portugal.

No dia 27 de Setembro passado, funcionários dos Serviços Sociais do Governo Regional de Castela e Leão deslocaram-se a Sobradillo de Palomares (Zamora) para cumprir uma resolução da Comissão de Avaliação da Secção de Protecção da Criança, que declarou a situação de alegado desamparo de uma Bebê de 16 meses.

Os pais recusaram a entrega do menor, pelo que os funcionários da administração regional solicitaram ao Tribunal de Primeira Instância as medidas legais adequadas para cumprir o que foi ditado pelos serviços competentes.

No entanto, durante a realização deste procedimento, os pais do menor abandonaram a casa com o bebé, o que levou elementos dos Serviços Sociais a apresentarem queixa à Guarda Civil.

A Unidade Orgânica de Polícia Judiciária da Guarda Civil desencadeou esforços para localizar os pais e o bebé e determinou que tinham ido para Portugal, pelo que iniciaram investigações, em conjunto com as autoridades portuguesas, para os encontrar. A operação foi denominada ‘Desapear’, segundo fontes do Comando de Zamora.

No final, foram localizados entre a Guarda e Viseu e as investigações foram concluídas no dia 10 de outubro com a investigação dos dois progenitores como alegados autores de um crime de rapto de crianças.

A constante colaboração da família dos pais permitiu que tanto os progenitores como o menor fossem localizados em perfeitas condições, contribuindo assim para o esclarecimento cabal dos factos investigados, segundo as mesmas fontes.

Os pais entregaram o bebé aos Serviços Sociais do Governo de Castela e Leão, que o transferiram para o Hospital Virgen de la Concha, na capital Zamora, para avaliação do seu estado de saúde.

Os processos realizados foram colocados à disposição do Tribunal de Primeira Instância e da Instrução número 1 de Zamora, que supervisionou a investigação em conjunto com a Procuradoria do Tribunal Provincial.