Inaugura a exposição “Fulgurações”, de Renata Schussheim, no Centro Cultural Borges

Esse quarta-feira 19 no 18h no Pabellón II e Plaza de las Artes, segundo andar do Centro Cultural Borges (Viamonte 525, cidade de Buenos Aires), a abertura da exposição será realizada sinalizadores do artista multifacetado Renata Schussheim.

Na cúpula de vidro da Plaza de las Artes nadam no ar nove atletas esculturais que, em sua dança aérea, leve e silenciosa, formam uma espiral dourada, que remete àquelas descritas, séculos atrás, por Leonardo de Pisa, também conhecido como Fibonacci.

A liberdade e a luminosidade dessas figuras, feitas com tecnologia 3D, se transformam em um universo mais sombrio, lúdico e sinistro ao entrar na sala principal do Pavilhão Berni. São 22 fotografias em preto e branco que Renata encontrou na internet e interveio à mão. Imagens estranhas, impressas em tamanho grande, nas quais pessoas vestidas de Ursos são vistas junto com meninas, meninos ou famílias.

A ponte entre esses dois mundos é feita por três pequenas esculturas – uma de um urso polar solitário e duas dos nadadores – feitas por Schussheim. A experiência é acompanhada por um vídeo contínuo, em câmera lenta, de uma onda gigante prestes a quebrar. A trilha sonora da sala e o vídeo são de Damián Laplace.

A exposição conta com uma equipe formada por Romina Del Prete (Produção Executiva), Mario Astutti (realização de esculturas 3D), Gigante de Hernan (impressão fotográfica), Damian Laplace (trilha sonora), Roberto Traferri (raio), Matias Otalora (vídeo) e Martin Gorricho (design gráfico).

Sobre sinalizadores, Renata Schussheim expressa: “Sempre fui fascinado por ursos polares. Tão branco, misterioso, como Moby Dick. Achei que estava enlouquecendo quando descobri na internet (obrigado JM Donat!) fotos que reproduzem situações surreais com senhores vestidos de ursos. Outra velha obsessão que são os nadadores é adicionada e entrelaçada. Aéreo, intenso, mergulhando em mares falsos e céus estrelados. O resultado desses mundos unidos são Fulgurações. Sou muito grato por habitar este belo espaço e pelas pessoas que trabalham e o administram. E, sobretudo, com a equipa que me acompanha na concretização dos meus sonhos”.

Por sua vez, o diretor do Centro Cultural Borges, Ezequiel Grimson, aponta: “Nadar, voar, dançar ou fantasiar-se podem ser diferentes formas de liberdade. Apresentar, sob a cúpula central destas Galerías Pacífico, bailarinas esculturais que nadam no ar ou, numa das principais salas de exposição, antigas fotografias interpostas de pessoas vestidas de ursos junto com crianças ou famílias, são algumas das formas pelas quais esse Renata Schussheim decidiu exercer a sua liberdade artística nesta exposição. Estamos diante de uma das propostas mais inspiradas e estranhas de Renata. A instalação na Plaza de las Artes e a exposição de fotografia são mundos tão diferentes que só poderiam se cruzar em sonhos. E, provavelmente, as razões últimas dessas cruzes e dessas obras devem ser encontradas em seus sonhos mais profundos e inconscientes. No entanto, podemos reconhecer certas constantes, obsessões, ideias e técnicas que se destacam como marca pessoal no seu trabalho. Neste ano em que a Argentina comemora quarenta anos ininterruptos de democracia, além das múltiplas frustrações e dificuldades, certamente podemos nos orgulhar do trabalho de nossos artistas e da liberdade de expressão irrestrita vigente”.

“O trabalho de Renata Schussheimque de alguma forma antecipou a desejada liberdade com sua encenação para Bicicleta de Seru Giráncontinua a surpreender-nos, a sacudir-nos e a embelezar o mundo, hoje, aqui, no Borges, quer pela selecção e intervenção fotográfica, quer pela potência das suas bailarinas-nadadoras, que mergulham no mar, lutam, flutuam, e não afunde. e eles lutam”, conclui Grimson.

Renata Schussheim Expõe individualmente desde 1966 nas mais importantes galerias de arte da Argentina e muitas de suas obras foram expostas na Cidade do México, Rio de Janeiro, São Paulo, Paris, Lille, Nápoles, Torino e Genebra. Ilustra livros e publica em revistas de Buenos Aires e Nova York. Foi convidada para o Festival de Nantes onde apresentou a sua instalação Homenagem a Carlos Gardel e o Festival de Teatro de Caracas com sua exposição-performance Confidencial. Outras obras de estrutura semelhante foram Cruzando, enviar e Epifaniaexibido no Centro Cultural Recoleta E no museu nacional de belas artes.

Colaborar com oscar araiz em inúmeros espetáculos, entre os quais adaptam e dirigem juntos bocas pintadas de Manuel Puig. Faz e projeta shows para charly garcia várias vezes como Bicicleta, Piano Bar, Ferro e *Linhas Paralelas** no Teatro Colón.

Colabora com Jean Francois Casanovas e o seu grupo Caviar, assim como com Julio Bocca, Mitslav Rostropovich, Lluís Pascual, Sara Baras e em muitas das óperas dirigidas por Emilio Sagi em Espanha, França, Portugal e Rússia.

Ela foi premiada inúmeras vezes com prêmios ÁS, Hugo, Florêncio Sanchez, Trinidad Guevara, Estrela do Mar, Maria Guerrero, Platinum Konex e prêmio shakespeariano Concedido pela Embaixada Britânica e Fundação Romeo.

As fulgurações podem ser visitadas no Pabellón II e na Plaza de las Artes, segundo andar, de quarta-feira, 19 de abril, às 18h, a domingo, 2 de julho, de quarta a domingo, de 14h às 20h. não requer reserva prévia.

Miranda Pearson

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