BUCARESTE (Reuters) – O governo liderado pelos social-democratas da Romênia disse nesta sexta-feira que limitará pensões especiais para militares e serviços secretos para manter os gastos sob controle.

Vários aumentos salariais e reduções de impostos levantaram preocupações da Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacional de que o país membro da União Européia não atingirá sua meta de déficit fiscal de 3,0% do produto interno bruto.

Acordos salariais concedidos a várias áreas da inchada administração pública, incluindo exército, serviços secretos, polícia e advogados, significam que suas pensões são aumentadas de acordo com aumentos salariais especiais em seus setores, mesmo após a aposentadoria.

“Estamos em uma situação em que algumas pensões são mais altas que os salários e chegará um momento em que o orçamento não poderá arcar com isso”, disse o ministro da Defesa, Adrian Tutuianu, a repórteres.

A pensão especial militar média é de 3.292 leus (US$ 856,98) por mês, disse Tutuianu. Em comparação, a pensão média para os 5,2 milhões de pensionistas do estado fica um pouco abaixo de 1.000 leus (US$ 260,32).

O governo planeja aprovar um decreto de emergência que aumenta as pensões especiais apenas em linha com a inflação para o pessoal que se aposenta de agências de inteligência, defesa e ministérios do interior, aviação e legisladores.

Não informou quantos pensionistas especiais possui. O plano de limitar suas pensões levou a uma onda de pedidos de aposentadoria antecipada nas forças armadas nas últimas semanas.

Também na sexta-feira, o governo aprovará um decreto que limita o pagamento da licença-maternidade a 1.800 euros (US$ 2.137,68) por mês.

O governo também planeja aumentar os salários da polícia em 10% e pagar o pessoal civil no setor de ordem pública em 15%.

(US$ 1 = 3,8414 leus)

(US$ 1 = 0,8420 euros)