Governo português quer reforçar saúde pública com 300 médicos de Cuba

Lisboa, 5 Jul O Governo de Portugal pretende reforçar a saúde pública do país com a contratação de 300 médicos cubanos e já deu início aos procedimentos necessários, noticiou hoje o jornal português Jornal de Notícias.

Segundo este meio, o Ministério da Saúde pretende colmatar as carências do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com a contratação de trezentos médicos de Cuba, que trabalhariam em Portugal por um período de três anos.

Além disso, o Governo presidido pelo socialista António Costa já iniciou os trâmites para que estes profissionais possam ser integrados o mais rapidamente possível no sistema público, tendo em conta as várias etapas que os estrangeiros devem cumprir fora do território comunitário antes de serem considerados apto, indiano.

Para serem autorizados, os médicos que chegam de países terceiros devem passar por diversos exames, não só em medicina, mas também em português, por exemplo.

Não é a primeira vez que Portugal recorre a sanitários cubanos, já que em 2009 acolheu 44 para reforço da rede pública nas regiões do Ribatejo (centro), Alentejo e Algarve (sul).

Questionadas pela EFE, fontes do Ministério da Saúde limitaram-se a apontar que a contratação de profissionais de saúde estrangeiros é “complementar e transitória” aos nacionais e tem como objectivo “contribuir para o aprovisionamento adequado de recursos humanos e capacidade de resposta” dos o SNS.

Nesse sentido, “está em curso um trabalho conjunto entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior”.

Segundo os dados disponibilizados pela pasta, em 2022 o sistema público português contava com 1.270 médicos estrangeiros.

A mídia local informou que o número total de profissionais estrangeiros registrados no College of Physicians é de 4.503.

A notícia surge num dia em que os médicos portugueses iniciaram uma greve de dois dias para exigir melhorias salariais e laborais.

Caso não seja alcançado um acordo com o Ministério da Saúde, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que apelou à paralisação, não descarta outra no início de agosto.

Isto poderá coincidir com a Jornada Mundial da Juventude, em que Lisboa deverá receber um milhão de fiéis católicos de 1 a 6 do próximo mês.

A saúde é um dos setores que mais reclamam no último ano, marcado por uma crise nas emergências, principalmente na maternidade e obstetrícia, por falta de recursos. EFE

mc/pfm/ah

Joseph Salvage

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