Google quer fazer as pazes com o Brasil e outros cliques tecnológicos na América

Bogotá, 29 de junho Estas são as principais notícias tecnológicas da semana na América.

1. “Vamos, vamos fazer um acordo.”

Depois de meses trocando palavras ofensivas, aplicando indiferença mútua, jogando pratos um no outro e ameaçando divórcio, o Google se virou, olhou para o Brasil e disse: “Vamos conversar?” (Amanda Miguel toca ao fundo).

O gigante da tecnologia pegou na mão do país do futebol e um “eu te entendo” saiu dos seus lábios. “Eu sei que você quer acabar com as mentiras na internet. Lei sim, mas não assim. Vamos conversar”.

O presidente do Google Brasil, Fabio Coelho, disse que a empresa está “sempre” disposta a dialogar “para melhorar a regulação para que, mesmo que aparentemente seja boa, não acabe sendo perversa para todos”.

Assegurou ainda que se reuniu com todos os agentes em questão no Legislativo e no Executivo para conseguir “uma regulamentação que funcione e seja boa para todos”.

O projeto busca penalizar plataformas como o Google pela divulgação de conteúdo racista ou que promova discurso de ódio, e obriga-as a remover publicações sem a necessidade de ordem judicial.

Google e Brasil concordarão? O próximo capítulo, neste mesmo canal.

2.…mas nem tudo é uma luta

Em meio às divergências, aos puxões de cabelo e às discussões sobre o projeto das “fake news”, Brasil e Google encontram tempo para fazer coisas e muito boas.

Os de Mountain View (Califórnia, EUA) apresentaram em São Paulo o Exercise Series, ferramenta baseada no Classroom, plataforma educacional do Google, que permitirá aos professores brasileiros criar conteúdos didáticos e automatizar tarefas de avaliação.

Dessa forma, o professor terá atualizações instantâneas sobre o progresso e tendências de desempenho do aluno para identificar áreas em que é necessário reforço.

A inteligência artificial está envolvida nisso? Sim Sim.

Você vê que os esforços conjuntos valem a pena?

3. Crianças em primeiro lugar, objetivo

Se há algo que pode realmente manter Mark Zuckerberg acordado à noite, além de Jessica Albright não aceitar (veja “A Rede Social”), é a enxurrada de ações judiciais por falhas nos controles parentais em suas plataformas. Desta vez a preocupação é com o Facebook Messenger e por isso a Meta (controladora) decidiu implementar novas ferramentas de monitoramento.

As novas opções não permitem que os pais ou responsáveis ​​vejam as mensagens dos menores, mas permitem que vejam como utilizam o Messenger.

Eles poderão saber quanto tempo os menores passam no aplicativo, sua lista de contatos e as configurações de privacidade e segurança que possuem.

Eles também receberão uma notificação caso o adolescente denuncie alguém e poderão ver quem pode enviar mensagens ou saber as histórias de seus filhos no Messenger.

Para a proteção dos menores… e menos dores de cabeça para Meta.

4. Inteligência artificial, como você interpreta essa “demanda”?

Não, desta vez não estamos falando da alta demanda que o ChatGPT está tendo como ferramenta disruptiva de inteligência artificial, mas sim que vão realmente processar a OpenAI, sua desenvolvedora.

O escritório de advocacia californiano Clarkson entrou com uma ação legal contra a OpenAI com a qual pretende representar “pessoas reais cujas informações foram roubadas e desviadas comercialmente de forma inadequada para criar esta tecnologia muito poderosa”.

Clarkson acusa os criadores do ChatGPT de “roubarem informações privadas” de centenas de milhões de utilizadores da Internet, com o objetivo de melhorar e desenvolver tecnologia com fins lucrativos.

É bem verdade que para gerar as suas respostas tão engenhosas, o ChatGPT “se alimenta” de conteúdos gerados por todos nós. E grande parte desse conteúdo poderia ser protegido por direitos autorais.

Teremos que ver como esses advogados se sairão em um processo tão inovador como o ChatGPT.

5. “Aquele bitcoin era inútil”

Foi novo? Sim. Foi ousado? É óbvio. É útil? Parece que não e que, como na brincadeira infantil, “aquele bitcoin não funcionou”. Alguns podem estar fazendo o negócio de suas vidas com criptomoeda em El Salvador, mas isso não serviu à economia da maioria da população.

Pelo menos é o que emerge de uma pesquisa realizada pelo Instituto Universitário de Opinião Pública da Universidade Centro-Americana (Iudop) em que 71,1% afirmaram que o bitcoin não ajuda em nada a melhorar a situação econômica familiar.

13,8% disseram que a criptomoeda os ajudou um pouco, 5,7% disseram que os ajudou um pouco e 4,3% disseram que os ajudou muito.

Apesar de todo o esforço que o Governo de Nayib Bukele tem colocado no bitcoin desde a sua adoção como moeda em 2021, a população quase não o utiliza e as remessas nesta criptografia não ultrapassam 2% do total.

Às vezes, os saltos no vazio são realmente isso, o vazio.

6. “Você quer que eu lhe empreste um empréstimo? Deixe-me verificar a IA”

Para alguns dos nossos países latino-americanos será cada vez mais difícil obter créditos de bancos internacionais, uma vez que a inteligência artificial (IA) também está a fazer a sua parte neste domínio.

A agência de classificação de crédito Moody’s se uniu à Microsoft e à OpenAI para criar um assistente de IA que analisa grandes quantidades de dados para avaliar o risco de crédito.

A Moody’s irá integrar estas ferramentas no seu catálogo de serviços para oferecer aos seus clientes informações mais precisas sobre quem pretende aceder ao crédito a nível de governos e instituições.

Assim, a composição das figuras começará a ter pouca utilidade.

7. E o número um é…

Não sabe o que jogar esta semana? Pois bem, de acordo com SomosXbox.com, estes foram os cinco títulos mais jogados no Xbox Game Pass esta semana.

O primeiro lugar ficou com “Fortnite”, da Epic Games; seguido por “Call Of Duty: Modern Warfare II”, da Activision; “Minecraft”, da Xbox Game Studios; “Grand Theft Auto V”, da Rockstar Games, e “FIFA 23”, da Electronic Arts.

Aí você tem que escolher e relaxar… ou se emocionar.

Luis Alejandro Amaya E.

Eloise Schuman

"Fã de café. Especialista em viagens freelance. Pensador orgulhoso. Criador profissional. Organizador certificado."

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *