A seleção norte-africana inscreve dois jogadores nascidos em Madrid, Achraf e Munir
Dos 130 futebolistas convocados pelas selecções africanas, 55, 42,3%, nasceram longe do continente. Marrocos lidera a lista com 14 jogadores
Yassine Bono, Achraf Hakimi, Ez Abde, Youssef En-Nesyri e Munir El Haddadi São cinco futebolistas criados em Espanha ou nas categorias de base espanholas que competem com a seleção marroquina num Mundial que já é histórico para os norte-africanos ao chegarem aos oitavos-de-final como primeiros do seu grupo.
Além dos jogadores da casa, o campeonato espanhol conta com o zagueiro do Valladolid, Jawad El-Yamiq. O sotaque espanhol é evidente no próximo rival histórico e perigoso de ‘La Roja’.
Histórico porque o teto do Marrocos é nas oitavas de final. A única vez que os marroquinos conseguiram foi no México 1986, na Copa do Mundo onde Maradona levou a Argentina à glória com o melhor desempenho individual conhecido em uma Copa do Mundo. Na edição que aconteceu em terras astecas, O Marrocos também avançou em primeiro lugar em seu grupo após empates sem gols com Polônia e Inglaterra, e a vitória sobre Portugal.
14 ‘estrangeiros’ em Marrocos
A globalização é um fenômeno imparável e a Copa do Mundo não é estranha a ela. Dos 77 nacionalizados na África do Sul 2010, foram 85 no Brasil 2014 e 82 na Rússia 2018. Qatar 2022 bate todos os recordes: 137 jogadores de futebol jogam por um país diferente daquele em que nasceram! Apenas Argentina, Brasil, Coreia do Sul e Arábia Saudita participam da Copa sem nativos.
Há um fato chocante: 55 dos 130 futebolistas convocados pelas selecções africanas, 42,3% nasceram longe do Continente Negro. 33 são franceses. Marrocos é a seleção que mais apresenta estrangeiros (14). Segundo as previsões da Betfair, o Marrocos que chega às semifinais paga 10 euros por euro apostado, o que seria o melhor desempenho da história de uma seleção africana em uma Copa do Mundo.
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