A diretora do evento Conecta Ficção & Entretenimento, Géraldine Gonard, divulgou nesta quinta-feira as principais conclusões desta sétima edição que aconteceu em Toledo. Ela explicou que atualmente a sociedade está mais interessada em não-ficção e que, para conquistar um público jovem, é preciso apostar em conteúdos ainda mais curtos porque a concorrência não é mais a Netflix, mas o TikTok.
A preferência pela não ficção, acrescentou, pode garantir mais benefícios e impacto a um custo menor, apostando assim no formato e séries autónomas e ainda com conteúdos mais curtos para atrair o público mais jovem.
Da mesma forma, considerou que é necessária a coexistência de televisões tradicionais e serviços de video-on-demand, uma vez que estes estão a dar uma nova vida aos conteúdos televisivos em geral mesmo anos após a sua emissão original.
Salientou ainda que esta convivência permite desenvolver conteúdos ambiciosos com orçamentos elevados, com alguns projetos a aproximarem-se frequentemente dos milhões de euros por episódio, para além de acrescentar que os serviços on-demand melhoraram aspetos como a música, a pós-produção e o produto marketing.
Relativamente aos géneros, referiu que o “sentir-se bem” e o “prazer culpado” são as tendências face ao drama e outros géneros tradicionais, e no que diz respeito às audiências, “parece claro que os conteúdos que estão incluídos em várias plataformas e suportes estão a ser apreciados”. .
Para Gonard, é preciso contar com a inteligência artificial, pois, apesar dos temores que ela desperta, pode ser uma ótima ferramenta para facilitar determinadas tarefas.
Por fim, Gonard anunciou os países convidados da Europa e América que vão protagonizar a oitava edição em 2024, que são Portugal e Brasil.
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