O próprio Vicente Irisarri, organizador do Pantón Classic por vinte anos, também quis lembrar Davidson e seu tempo no evento Ferrol. Davo foi e será para sempre um surfista carismático. Estamos orgulhosos de tê-lo conosco no Pantn Classic em 4 edições, a primeira em 1997, com ótimas ondas e vitória do californiano Adam Replogle. Repetiu no ano seguinte, o do furacão Danielle, um concurso de ondas grandes um dos verdadeiros, chegando às quartas de final, com a vitória de Sean Holmes, o assassino gigante de Jeffreys Bay, assim como o próprio Davo havia feito antes em Bells Beach, derrotando um Slater de pleno direito.
Poderíamos contar muitas anedotas sobre Pantn estrelado por Davo. A que mais gosto de lembrar foi aquela manhã em que ele apareceu com o rosto muito inchado. Decidimos enviá-lo para a Residência para ser tratado. Ele estava acompanhado por Ana Sabio, um ótimo nível de inglês e uma pessoa maravilhosa. O que ele disse sobre a consulta com o médico poderia ser tirado de um filme dos Irmãos Marx. Davo – cuja aparência já estava em conflito com o normal no hospital naqueles anos – começou explicando o motivo das inflamações que às vezes sofria, derivadas de um corte com um coral venenoso em uma ilha tropical quando adolescente durante um surfari, no meio da incredulidade do médico que afirmou que os corais são como pedras e, portanto, não podem ser venenosos. Sua ignorância se misturou ao escândalo quando Davo lhe contou sobre o tipo de vida que levava, inimaginável para ela… possível, que ele só comia uma refeição por dia. Escusado será dizer que o médico ficou aliviado ao ver Ana e Davo partirem. De volta a Pantn não paramos de rir… .., lembrou Irisarri em suas redes sociais.
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