Um estudo preliminar do programa piloto em Portugal, envolvendo 41 empresas e 1.000 colaboradores, revela resultados positivos na saúde mental e no equilíbrio entre vida pessoal e profissional após a implementação da semana de trabalho de quatro dias.

De modo geral, foi demonstrada uma redução significativa do estresse e da exaustão nos trabalhadores, com três pontos principais:

• Os níveis de ansiedade, fadiga, insônia, depressão, tensão e solidão diminuíram significativamente nos trabalhadores.
• O índice de ansiedade diminuiu 21%, o índice de fadiga 23% e o índice de exaustão no trabalho 19%.
• Mais de 85% dos trabalhadores relataram diminuição em pelo menos um indicador de saúde mental.

O estudo também constatou que os funcionários alcançaram um maior equilíbrio entre o tempo livre e o tempo de trabalho:

• 65% dos trabalhadores dedicam o seu novo dia de folga para passar mais tempo com a família.
• Há também um aumento no tempo dedicado aos cuidados pessoais, aos hobbies e interesses e à vida social.
• O equilíbrio entre trabalho e vida familiar melhorou significativamente.
• A percentagem de trabalhadores que considera “difícil” ou “muito difícil” conciliar trabalho e família diminuiu de 46% para 8%.

Menos horas, mesmo salário, melhor desempenho

As empresas implementaram uma redução de 12% na jornada de trabalho sem afetar os salários, reduzindo assim a jornada média de trabalho de 41,1 para 36,5 horas semanais. O dia de folga adicional não se limita exclusivamente à sexta-feira, mas pode ser escolhido como segunda-feira ou organizado de forma rotativa de acordo com as necessidades do pessoal.

Esta iniciativa gerou diversos benefícios para as empresas participantes. Em primeiro lugar, a redução do stress e do esgotamento dos colaboradores destaca-se como a principal motivação para aderir ao programa. Além disso, as empresas buscam melhorar a atração de talentos e elevar a qualidade do serviço prestado.

Relativamente ao estudo em curso, prevê-se que a análise mais aprofundada seja apresentada em abril de 2024. A amostra atual inclui trabalhadores jovens, com um nível de escolaridade mais elevado e uma representação feminina superior à média nacional.