Portugal provou ser uma das seleções mais fortes até agora na Copa do Mundo ao conquistar o primeiro lugar no Grupo H e vencer a Suíça por 6 a 1 nas oitavas de final. No entanto, uma onda de rumores sobre uma pausa no vestiário português deixou Cristiano Ronaldo no centro da cena.
CR7, surpreendentemente, foi reserva contra os suíços e a imprensa mundial destacou sua atitude de deixar o campo sozinho, longe dos companheiros. Além disso, a Record, uma das principais mídias esportivas de Portugal, afirmou que o atacante não ficou satisfeito com as decisões do treinador. Fernando Santos e que ameaçou abandonar a Copa do Mundo do Catar 2022, algo que a própria Federação desmentiu por meio de nota.
Na véspera do duro confronto deste sábado com Marrocos, no Estádio Al Thumama, pelos quartos-de-final, o diretor técnico da seleção portuguesa concedeu uma conferência de imprensa na qual deu detalhes da conversa com o futebolista sobre a substituição. no último jogo.
“Aquela conversa aconteceu, seria ruim se não tivesse acontecido. Desde que cheguei aqui, só comunico a escalação do time uma hora e meia antes do jogo. Eu escrevo no quadro. Tinha de acontecer, era mais do que normal, não faço isso com todos, mas o capitão, alguém que é quem é, em termos de projeção, o que representa para os portugueses e para a equipa, naturalmente tinha de ter aquela conversa. Aconteceu no dia do jogo depois do almoço. Não tivemos nenhuma conversa antes. A única conversa que tive foi para explicar os motivos pelos quais ele não iria jogar. Eu o avisei. Conversamos no meu escritório, ele veio e eu disse a ele que não contava com ele para esse jogo desde o início. Achei que a entrada dele no segundo tempo poderia resolver o jogo. Se Cristiano ficou muito satisfeito? Não. Ele costuma jogar como titular. É normal que ele não tenha ficado muito satisfeito. Mas foi uma conversa perfeitamente normal e calma. Ele nunca me disse que queria deixar a Seleção. Acho que é hora de pararmos algumas coisas. Está um pouco na moda apenas apontar para Cristiano. Se há exemplo melhor, é o exemplo que ele deu no jogo. Era ele que gritava no balneário, era ele que saltava, vi-o na televisão a bater palmas com o João Mário. No final foi ele quem chamou os companheiros para aplaudir. Deixe Ronaldo em paz”, explicou o ex-técnico da Grécia durante a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
Santos, que também liderou Portugal na Rússia 2018 (perdeu nas oitavas de final) e fez história ao vencer a Eurocopa da França 2016, comentou que os ex-Real Madrid e Juventus não ameaçaram deixar o time em plena competição por ter propriedade perdida. “Ele nunca me disse que ia sair da concentração de Portugal. Ele não me contou. Você tem que ver como é a atitude dela. Comemorou os gols com os companheiros, agradeceu aos torcedores”, destacou.
Quanto ao jogo de amanhã, com Marrocos, o responsável técnico revelou conhecer bem o treinador Walid Regragui e que “é uma equipa muito bem organizada, com talento, tem a criatividade do jogador africano, com uma cultura mais forte em termos de jogo colectivo, pela influência de jogar na Europa. É muito consistente, funciona muito. Vai ser muito, muito difícil, mas também vai ser muito difícil para o Marrocos.”
“O Marrocos é muito forte, não sei dizer que não é favorito. Sofreu apenas um gol, marcou quatro, foi o único a somar sete pontos na fase de grupos. Eles têm jogadores que jogam pela melhores times do mundo. Chelsea, PSG, Bayern… Só quem não viu o jogo contra Espanha e Croácia pode duvidar da qualidade do time. Depois tem um jogador, o Amrabat, que está sendo um dos grandes revelações. Ofensivamente, ele tenta jogar bem, com um goleiro que joga bem com os pés. Ele é muito forte ofensivamente. Alguns acham que vai ser fácil, mas ele não é. Lembro do Marrocos da Copa do Mundo de 2018, o adversário mais difícil que já tivemos, mesmo vencendo por 1 a 0. Sofremos muito. Os jogadores já viram, sabem da qualidade do adversário e têm que entrar em campo sem medo e com confiança. Quando não ter a bola temos de tentar recuperá-la, ser intenso… Se continuarmos a melhorar como temos vindo a melhorar, com mais ou menos d dificuldade, acho que Portugal vai ganhar”, concluiu.
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