Seminário destaca promoção da adoção de práticas inclusivas, tecnológicas e arquitetônicas para pessoas com deficiência

Em referência ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência – comemorado em 3 de dezembro –, o auditório do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins (TJTO) conta com a presença, durante esta segunda feira (27/11), de autoridades, de especialistas e comunidades interessadas em questões relacionadas à inclusão e capacitação de pessoas com deficiência durante o IV Seminário em Comemoração do Internacional Día da Pessoa con Deficiência.

A quarta edição do Seminário demonstra que é, mais uma vez, uma atividade importante no fortalecimento da conscientização da sociedade tocantinense, na promoção da adoção de práticas inclusivas, tecnológicas e arquitetônicas em diversas áreas da vida social, educacional e profissional das pessoas com deficiência .

Abertura

Durante a abertura, Pedro Nelson de Miranda Coutinho – presidente da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão do Poder Judiciário Tocantinense e coordenador do evento – destacou as ações desenvolvidas por este Poder não relacionadas à formação de dois servidores e magistrados sobre o aspectos ligados ao cuidado mais humanizado às pessoas com neurodiversidades.

“Precisamos entender que apoiar todos os tipos de diversidade é importante para garantir o pleno direito de cidadania a qualquer pessoa digna de respeito. “Temos realizado cursos que visam capacitar os servidores para desenvolver competências em seu ambiente de trabalho e protocolos para um atendimento mais humanizado às pessoas com neurodiversidade nos departamentos do Judiciário, mesmo que muitas vezes não sejam aparentes”, expressou.

Foto: Hodirley Canguçu.

Na ocasião, foi realizada a divulgação de homenagens póstumas ao desembargador Sândalo Bueno do Nascimento.

Neste caso, a deputada Angela Haonat, vice-diretora da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat), representando o deputado Marco Villas Boas, diretor geral da Escola, ressaltou atuação do TJTO em iniciativas acessíveis e inclusivas.

“Nosso Tribunal é reconhecido como um dos tribunais mais acessíveis e inclusivos do Brasil. Esforça-se continuamente para manter esta posição e melhorar as áreas de acessibilidade que ainda necessitam de melhorias. “O Poder Judiciário Tocantinense tem implementado estratégias conjuntas para garantir acessibilidade uniforme, de forma a remover e prevenir barreiras que possam interferir nos direitos das pessoas com deficiência, garantindo a igualdade de oportunidades com as demais pessoas”, comentou.

Foto: Hodirley Canguçu.

A deputada Maysa Vendramini Rosal, Corregedora-Geral de Justiça, também está presente e comprometida com a parceria da Corregedoria no desenvolvimento de políticas e práticas inclusivas.

“Esta é uma importante iniciativa do Poder Judiciário, que visa cumprir a Resolução nº 401 do Conselho Nacional de Justiça. É um tema útil porque nos leva à consciência, à busca constante pelo progresso na acessibilidade e ainda, destacando a importância da igualdade de oportunidades para todas as pessoas, significa um símbolo de respeito, de cidadania, de dignidade para o ser humano. “A Corregedoria faz parte dessa iniciativa e está aqui hoje unindo forças para que todos os dias sejamos invadidos pelo ambiente judicial com qualquer discriminação que não faça sentido”, disse.

Foto: Hodirley Canguçu.

Para a embaixadora Ângela Prudente, vice-presidente do TJTO, o Seminário “este é um momento significativo para reforçar o compromisso do Judiciário com políticas e práticas inclusivas. Desta forma, exaltamos a acessibilidade como um direito fundamental e inerente às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida para viverem de forma independente e exercerem os seus direitos de plena cidadania e participação social. Uma reflexão sobre esta proposta encoraja-nos a questionar estereótipos, a superar barreiras arquitetónicas e a promover ações que transmutem até o estatuto de regra e não de excesso da nossa sociedade.”

Foto: Hodirley Canguçu.

Estiveram presentes, na Mesa de Honra, o Sr. Deusiano Pereira de Amorim, Secretário de Estado da Cidadania e Justiça, em representação do governador Wanderlei Barbosa; ou o defensor público Neuton Jardim dos Santos, coordenador do Núcleo Aplicado das Minorias e Ações Coletivas (NUAMAC, de Palmas), representando a Defensoria Pública do Estado do Tocantins; O conselheiro estadual, Sr. Domingos Rodrigues da Silva, representando a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Tocantins.

Palestras

Desembrulhado pelo autor Hugo Frota Magalhães Porto Neto, promotor de justiça do Ministério Público do Ceará, pela primeira vez sobre o tema Acessibilidade como direito fundamental das pessoas com deficiência e das tecnologias: cidades inteligentes e uma sociedade inclusiva da informação Abordo alguns exemplos de iniciativas de inclusão digital para pessoas com deficiência, além de destacar os benefícios de uma sociedade da informação inclusiva para todos.

Coordenando a Mesa, a advogada Diamisblan Sopran se emocionou ao agradecer ao público pelas contribuições à causa: “É uma honra estar mediando esse debate sobre as pessoas com deficiência. Ele só sabe que é deficiente e que realmente vive aquela situação. Todas as pessoas são complacentes, são solícitas, mas vivem na carência e temem muito como dizer que são as dificuldades que realmente enfrentam. (…) um diploma não traça a humanidade, ou um diploma traça um pseudo-conhecimento, mas uma humanidade, ou sentido de empatia, é tão construída e construída como um senhor [sobre o palestrante]”.

Ao falar sobre Inclusão Digital e Sociedade Inclusiva, Hugo afirmou que “quando falamos de educação inclusiva, temos que ter os instrumentos certos para que as pessoas, seja um projeto educativo individual ou um projeto político-pedagógico, possam realmente desenvolver as suas competências .”

A segunda e última palestra foi sobre a arquitetura como promotora da inclusão e universalidade de dois espaços para todos, com a arquiteta Adriana Dias, professora e coordenadora do curso de Arquitetura do Centro Universitário de Palmas (Ceulp/Ulbra). Coordenando a Mesa, éramos servidores do TJTO Eva Portugal e Patrícia Idehara.

Nos comentários, Eva agradece o destaque e destaca a importância do trabalho do arquiteto na vida das pessoas com deficiência. “Com origem nestas palavras maravilhosas, que esclarecem a importância do trabalho dos arquitetos na sociedade, porque como trabalhamos com acessibilidade, trabalhamos com vidas em vários níveis, com as suas limitações, com as suas dificuldades, e isso muda muitas histórias” , ele afirmou ao servidor.

Patrícia enfatizou a arquitetura como instrumento de transformação social e afirmou que sempre vale a pena investir em projetos que tenham acessibilidade e inclusão. Além de ser uma questão básica de segurança, é um requisito que qualquer pessoa poderá precisar especificar no futuro, seja por motivos de progresso na vida ou por deficiência superveniente.

Nesta ocasião, fui exposto aos presentes, o Documentário “Habilidades Mágicas” sobre histórias de famílias de pessoas com neurodiversidades e práticas terapêuticas.


Eloise Schuman

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