Quem é André Ventura, líder do partido de extrema-direita Chega

André Ventura é o líder da formação política de extrema-direita em Portugal Chega, que se afirmou como a terceira força no país depois das eleições portuguesas de 10 de março. Coligação Aliança Democrática e Partido Socialista, os resultados das eleições portuguesas mostram o progresso inegável do partido Ventura: o Chega obteve mais de um milhão de votos, no dia 18, 0,06% dos votos, passando dos 12 parlamentares que obteve em 2022 a 48.

Quem é André Ventura?

André Ventura nasceu em Sintra em 1983 (tem 41 anos), é licenciado em Direito pela Universidade Nova de Lisboa e doutorado em Direito Público pela Universidade de Cork (Irlanda). Até entrar na política, Ventura trabalho como professor universitário de Direito na Universidade Autónoma de Lisboa e na Universidade Nova de Lisboa.

Foi também comentador desportivo na rede de televisão CMTV e no tabloide Correio da Manhãposições das quais ele foi demitido em 2020 por estigmatizar a comunidade cigana durante a pandemia. “Um plano de confinamento específico é essencial para a comunidade cigana, que na sua maioria não aceita as normas sanitárias e as autoridades públicas”, afirmou então Ventura, em declarações que coletar CNN.

O ultrapolítico trabalhou na Administração como inspector da Autoridade Tributária do país e como consultor fiscal na empresa Finpartner.

Ventura registou o partido político de extrema-direita que lidera, o Chega, em abril de 2019. Nesse mesmo ano foi eleito representante Da informação. Antes da criação do Chega, Ventura fazia parte do conservador Partido Social Democrata (PSD) e foi candidato à presidência da Câmara Municipal de Loures (Lisboa) através desta formação em 2017. Durante a campanha, Ventura também lançou ataques contra os ciganos locais: “Eles vivem quase exclusivamente de subsídios do Estado”, disse.

É notável a relação do Chega e de André Ventura com o grupo político espanhol Vox. Tanto é verdade que o ultra partido espanhol parabenizado ao Chega pelo seu resultado nas eleições, que qualificou de “extraordinário”. Por outro lado, o líder do partido, Santiago Abascal, também publicou uma mensagem de parabéns no seu perfil X.

Chega, a formação de extrema-direita de Portugal

O formação política O Chega, liderado por André Ventura, é um partido político de extrema-direita que se formou em 2019. Desde a sua criação foi acumulando sucessos e seguidores até que nestas últimas eleições se consolidou como a terceira força política no país.

O crescimento eleitoral do Chega. Em 2019 Entrou na Assembleia da República com 1,3% dos votos, o que deu o assento a Ventura. Em janeiro de 2021, o Chega obteve 11,9% dos votos nas eleições para a presidência de Portugal. No eleições legislativas de 2022 Foram 7,18% e 12 cadeiras. Dois anos depoiso partido avançou para alcançar o seu melhor resultado: 18% dos votos e 48 cadeiras.

Entre suas propostas e começo Os principais são aqueles relacionados ao pessoas migrantesuma questão perante a qual o partido afirma que qualquer uma das políticas de imigração terá de partir “da compreensão do fracasso do multiculturalismo”, pelo que terá de se basear na integração de todos os recém-chegados à população portuguesa e que para isso Para que esta situação ocorra, “os recém-chegados terão de adoptar plenamente a cultura portuguesa”.

Neste sentido, o professor de Relações Internacionais da Universidade Europeia de Valência, Fredéric Mertens, explica ao Newtral.es que em Portugal a ascensão da extrema direita se deve não só a questões internas, mas também externas, e salienta que deu “mais exponencialmente do que em outros países”.

No que diz respeito às causas externas, Mertens alude ao facto de os grupos internacionais estarem numa crise de legitimidade política e refere o facto de “a UE ser incapaz de resolver os problemas por si só” e de se encontrar, do seu ponto de vista, com impedimentos para “deter as ameaças claras de Putin”. A todos estes factores juntam-se os problemas relacionados com a crise financeira e energética, além do desemprego juvenil. O que, nas palavras de Mertens, encoraja a classe média a encolher ainda mais e a “movimentos em direção aos extremos”.

Mertens aponta para uma direita “cada vez menos autoconsciente e menos discreta”, o que também se deve em parte a uma mudança geracional que incentiva “um certo esquecimento” do que tem sido a direita no país com exemplos como o de o ditador. Salazar.

Este artigo foi atualizado para incluir as declarações do especialista Fredéric Mertens, professor e coordenador de Relações Internacionais da Universidade Europeia de Valência.

Fontes

Portal do Eleitor de Portugal

Resultados das eleições em Portugal

Jornal Portugal

Declaração de Princípios e Finalidades do Chega

As Notícias de Portugal

Correio da Manhã

CEDIS

Fredéric Mertens de Wilmars, professor e coordenador de Relações Internacionais da Universidade Europeia de Valência

Artigo sobre o ditador Oliveira Salazar da Revista Espanhola de História

Calvin Clayton

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