Na distante África do Sul
do armazém Newton Johnson foi o próximo Albariño, feito na região de Cabo Ocidental, África do Sul. “Ainda tem influência atlântica, porque fica perto do mar, mas o clima é mais quente, o que faz com que as uvas produzam uma camada muito grossa de casca”, disse Paadín. A altitude e a forma como é feito também têm influência, “porque este vinho fermenta em ovos de betão e usa foudres de madeira, o que lhe dará mineralidade”, disse. Neste caso, a presença da madeira era pouco perceptível, mas sim a memória de mineral que o betão lhe conferia, embora a principal diferença com os vinhos galegos fosse uma acidez mais baixa. “No nariz tem mais aromas minerais e florais, mais vegetais”, assegurou o sommelier.
Marimar State é uma vinícola da Califórnia que tentou fazer Albariño em Sonoma, uma área de solos argilosos onde não conseguia cultivar uvas devido à altitude e ao clima. Mais tarde, mudou-se para o Vale Russo, onde tem suas plantações. “É um Albariño mais liso, especialmente para nós que estamos acostumados a vinhos com acidez”, disse Paadín. Mas é que nos Estados Unidos gostam de elaborações “em que a acidez não se destaque tanto”. acabou a degustação no Uruguai, nas vinícolas Bouzas, ao sul de Montevidéu. Lá eles têm temperaturas mais extremas, muito quentes, e fazem um vinho em foudres de madeira velha e nova. “Nesta elaboração, a madeira prevalece sobre a variedade”, concluiu Paadín.
E com isso deixou claro que poderia haver muitos Albariños, Rías Baixas só na Galiza.
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