O líder do núcleo do PT em Lisboa referiu à Lusa, à parte da comemoração, que em Portugal “a população brasileira está mais concentrada” e menos dispersa do que noutros países.
Algo que permita ao partido “procurar o diálogo e aproximar-se da população e dialogar e ampliar a nossa situação”, de uma forma talvez mais fácil, disse Pedro Prola.
O dirigente admitiu que na celebração central do aniversário, na Voz do Operário, sentiu-se atraído por poucas pessoas, apesar de ser animado por músicas e danças do grupo Banque Mulher.
Para Pedro Prola, o facto de terem havido várias manifestações em Lisboa e muito trânsito na cidade, foram os motivos para a celebração não ter tido presença.
O dirigente garante que o núcleo do PT mantém um bom diálogo não só com as organizações da comunidade brasileira em Portugal, mas também com os partidos de esquerda do país.
O Bloco de Esquerda do Partido Comunista Português participante não encontrou dois núcleos do PT de Espanha e de Portugal, que começou na sexta feira em Lisboa e continua até hoje, sublinhou Prola.
Um apurou que segundo a secretária de Cultura do Partido dos Trabalhadores Brasileiro (PT), Vivi Martins, tem três objetivos: comemorar os 30 anos do partido, promover o relacionamento e o debate entre pessoas de dois núcleos em dois países e preparar uma reunião de dois núcleos do PT fora do Brasil, que acontecerá em novembro, em Madri.
Pedro Prola disse que no sábado os núcleos do PT de Espanha e Portugal vão debater com o secretário de Relações Internacionais do partido, Roménio Pereira, a “atuação do Governo” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apoiado pelo PT, e realizar um diálogo com Vivi Martins sobre “os movimentos sociais”.
A “questão” sobre o Governo Lula da Silva “é uma preocupação com a participação do PT na construção de políticas públicas”, disse o dirigente.
O núcleo em Portugal comemora 30 anos como um momento de “diálogo” e de uma nova “configuração partidária”, sublinhou Prola.
“A configuração do partido tem uma modificação, porque não há oposição. Nesse momento, é um partido que enfrenta os desafios, as vicissitudes e os avanços que só se consegue, estando fora do governo”, afirmou o dirigente.
E, pelo mesmo motivo, “o núcleo do PT em Portugal também está a fazer esse processo de diálogo com as lideranças e a militância e a procurar reforçar a formação e as atividades políticas”, acrescentou.
O núcleo em Portugal é “estratégico para o PT”, porque é o maior fora do Brasil, disse Vivi Martins, na sua intervenção na Voz da Operadora.
Pedro Prola lembrou que Lula da Silva venceu as últimas eleições presidenciais com a ajuda de 64% dos votos de dois imigrantes em Portugal e defendeu que foi isso que aconteceu porque o núcleo do PT no país foi “uma campanha popular directamente com o população.”
Numa conversa com a Lusa na sexta feira, o secretário da Cultura do PT referiu que a descoberta dos núcleos ibéricos ocorre num momento de “redemocratização do Brasil”.
Tal como o Partido Socialista no Governo de Portugal, é “de fundamental importância que estes dois países conversem” e “consolidem e alarguem cada vez mais o debate”, acrescentou Vivi Martins.
O dirigente apontou o núcleo português como o “íman” de atração de todos os outros núcleos europeus e disse que está, com Pedro Prola, na liderança, mais maduro.
O encontro de dois grupos petistas fora do Brasil, que não ocorre há 25 anos, é o momento “mais propício”, para a viragem na política brasileira e para o surgimento de movimentos neofascistas no mundo, disse Vivi Martins.
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