Portugal quer combater o tráfico de seres humanos e “canais legalis” para migrantes

“N“Há uma bala única para responder a este problema”, disse o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes, durante uma audição na Comissão Parlamentar de Assuntos Europeus, para antecipar o Conselho Europeu informal que decora esta sexta feira em Granada, Espanha.

O executivo português sublinha a necessidade de “combater os fenómenos do tráfico de seres humanos e explorar as pessoas em situação de vulnerabilidade, colocando-as em situações de risco de vida, como se viu nos naufrágios absolutamente trágicos”.

É preciso “acabar com este negócio absolutamente ilegal e escandaloso”, defendeu o governador.

Por outro lado, a União Europeia pretende “trabalhar com os países de origem e de trânsito, tentando encontrar soluções que abordem as causas que estão na origem de dois fenómenos migratórios e garantam condições de desenvolvimento nos países que permitam que esses fenómenos sejam evitados”, defendeu.

Ao mesmo tempo, a Europa enfrenta problemas demográficos – como a falta de jovens e o crescimento populacional – e precisa de mão-de-obra, disse Tiago Antunes.

“É necessário alargar os canais de imigração legal e garantir uma forma segura e regular de podermos receber os migrantes que necessitamos para as nossas necessidades básicas e funcionamento da nossa economia e sociedade”, afirmou.

A deputada do PS Romualda Fernandes denunciou a “terrível perda de vidas humanas, fruto de tragédias incalculáveis ​​no Mediterrâneo”.

“Todos dizemos que lamentamos, mas faltam medidas (…) e os fluxos migratórios não podem crescer apenas nas fronteiras externas da União Europeia”, considerou, referindo-se ao facto de que “uma política migratória não pode contemplar apenas medidas de segurança , mas também ter em consideração “oportunidades de desenvolvimento socioeconómico nos países de origem e de estabelecimento de uma relação estreita entre os países de origem e de emigração”.

Em resposta, Tiago Antunes destacou que este é um “desafio europeu que carece de respostas europeias”, afirmando: “Temos de garantir que o Mediterrâneo não é um cemitério”.

O governante manifestou-se “relativamente optimista de que até ao final desta legislatura europeia será possível terminar o trabalho legislativo em torno do Pacto para as Migrações e Asilo”, ou que, sublinhou, será um “avanço muito significativo”.

A União Europeia (UE) fez um folheto do Pacto para a Migração e o Asilo, como um acordo, a nível de embaixadores, sobre o regulamento para a gestão de crises.

“Os representantes dos Estados-membros da UE chegarão a um acordo sobre a componente final de uma política europeia comum de asilo e migração”, anunciou o Conselho da UE num comunicado.

Numa reunião do Comité de Representantes Permanentes do Conselho (Coreper, composto por 27 embaixadores juntamente com a UE), os Estados-membros emitirão um mandato de negociação sobre “um regulamento relativo a situações de crise, incluindo a instrumentalização da migração e a força maior nenhum domínio de migração e asilo”.

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Calvin Clayton

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