Por Sérgio Gonçalves
LISBOA, 1º de setembro (Reuters) – Portugal anunciou nesta quinta-feira que vai acelerar a concessão de vistos a cidadãos de outros países de língua portuguesa, incluindo Angola e Brasil, para combater a escassez de mão de obra.
Os outros países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) são Timor Leste, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Os imigrantes destes países tinham de obter um visto se pretendiam ficar em Portugal por mais de 90 dias e muitas vezes esperam muitos meses para que a sua autorização seja aprovada.
A partir de agora, os vistos de entrada em Portugal para cidadãos de qualquer Estado membro da CPLP “devem ser concedidos de imediato pelos serviços consulares, salvo ordem de expulsão ou proibição de entrada no Espaço Schengen”, declarou o ministro dos Assuntos Parlamentares , Ana Catarina Mendes, em conferência de imprensa.
“O decreto é absolutamente fundamental para a organização de fluxos regulares e ordenados de imigração… ele nos permite responder às necessidades urgentes de recursos humanos e ajuda a revitalizar nossa economia”, disse ele a repórteres.
Portugal vai também criar um novo tipo de visto que permitirá a qualquer estrangeiro entrar no país por 120 dias, prorrogáveis por mais 60, sem quotas, disse Catarina Mendes.
A taxa de desemprego em Portugal situa-se nos 5,7%, perto de um mínimo histórico.
As confederações empresariais pediram a racionalização das regras de imigração, apontando para uma situação econômica próxima do pleno emprego, com falta de trabalhadores em setores-chave como hotelaria, agricultura e construção. (Reportagem de Sergio Gonçalves; editado em espanhol por Aida Peláez-Fernández)
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