Na ausência de números sobre as mulheres, os que acabam de ser publicados pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho confirmam metade das palavras do famoso presidente do Eurogrupo: sim, os portugueses gastam o seu dinheiro com vinho, meu Deus! Os portugueses são os maiores consumidores do mundo com 54 litros por pessoa por ano, mais que o dobro dos compatriotas do presidente do Eurogrupo, o holandês Jeroen Dijsselbloem: 24,5 litros, apenas um a menos que os espanhóis.
O consumo de vinho em Portugal não tem rival em nenhum outro país, já que o segundo no ranking, a França, tem quase três litros a menos por cabeça (51,8) e uma distância abismal da Itália, o terceiro, com os seus 41,5 litros por pessoa, e da Suécia ( 41 litros). Curiosamente, como se vê, não existe uma segmentação radical entre países do norte e do sul, nem de leste a oeste, já que a China foi o país que mais aumentou seu consumo no ano passado (6,9%), seguida da Itália e dos Estados Unidos Estados. Juntou. Longe de clichês e preconceitos, o determinante é se um país possui ou não vinhedos em seu território.
Mas já que brindamos, parece que a Holanda teve mais motivos ao longo do tempo, pois há 20 anos consumia apenas 17 litros por pessoa por ano contra os atuais 24,5, enquanto o consumo entre os portugueses e espanhóis diminuiu neste tempo: 68 e 46 litros respectivamente, bem menos que o consumo atual.
Nos últimos anos, a qualidade dos vinhos portugueses aumentou, assim como o rendimento que produz quando exportado. Competir em qualidade, já que em quantidade não pode. É a décima primeira no mundo em produção, mas a nona em vendas de vinhos no exterior. O preço médio de venda é o dobro do da Espanha, principal exportador, já que este país vende muito a granel e, portanto, a um preço baixo.
Os vinhos do Porto, o vinho Madeira (com que brindaram os pais da pátria norte-americana), o vinho verde e os vinhos do Douro são as suas imagens de marca. Em 2014, Wine Spectator escolheu um Porto como o melhor vinho do mundo, o Vintage da Dow de 2011, das vinhas da família Symington. O terceiro também era português, mas do Douro, um Chryseia 2011. Com essas tentações assim, quem não cai em vícios.
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