Portugal celebrou esta segunda-feira o 48º aniversário da Revolução dos Cravos, que marcou o início do atual regime democrático, cuja duração já ultrapassou a da ditadura instaurada em 1926.
“Este é um grande passo. A liberdade criou raízes e temos que cuidar dela”, declarou o primeiro-ministro, António Costa, a partir da sua residência oficial, excepcionalmente aberta ao público.
No centro da capital, Lisboa, milhares de pessoas reuniram-se para desfilar pela Avenida da Liberdade.
“25 de abril sempre, fascismo nunca mais”, gritavam os reunidos, enquanto outros cantavam o hino revolucionário “Grândola Vila Morena”.
“Celebrar os valores do 25 de abril torna-se ainda mais importante” quando “vemos o contexto internacional”, com a guerra na Ucrânia, contou Bruna Nunes, uma estudante de 17 anos que desfilou com um cravo vermelho no cabelo AFP. símbolo da revolução.
Há 48 anos, os militares portugueses derrubaram a ditadura que liderou até 1968 António de Oliveira Salazar e depois Marcelo Caetano. A revolta também encerrou treze anos de guerras coloniais.
“Eu tinha 17 anos na época e escapei por pouco da guerra”, disse António Calista, um aposentado de Lisboa que arvora a bandeira vermelha e verde de Portugal.
Pela manhã, realizou-se uma cerimónia no Parlamento, na presença dos principais dirigentes políticos e do presidente, Marcelo Rebelo de Sousa (conservador), que prestou homenagem às forças armadas e aos capitães de Abril.
“Nunca agradeceremos o suficiente” aos capitães de abril, que abriram caminho à democracia, sublinhou o chefe de Estado, acrescentando que graças ao seu gesto “único, singular e decisivo”, hoje é possível viver em liberdade.
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