Pico del Águila e vistas 360°



Iniciamos o percurso desde a capital Soria, pela N-234 durante 27,5 km até chegar a Abejar. Lá entramos na CL-117 por 11,2 km até chegar a Molinos de Duero, localidade a que acedemos pela primeira entrada, situada à esquerda da estrada. Continuamos até à zona dos armazéns industriais, onde estacionaremos a viatura.

Antes de iniciar nossa jornada a pé É imprescindível levar as bengalas do porta-malas e a garrafa de água. Com tudo pronto, seguimos em direção a uma pista que fica à esquerda. Rodeados de pinheiros e carvalhos começámos a subir uma encosta de terra batida com pouca inclinação. No primeiro troço temos a sorte de poder ver Molinos de Duero à nossa direita.

Vários desvios

Continuando o percurso logo nos deparamos com uma encruzilhada. Nós escolhemos o da direita, deixando de lado o refúgio de um caçador em que podemos ver uma cruz de pedra na sua entrada. Pouco depois nos deparamos com duas opções. O da esquerda nos direciona à Piedra Andadera e o da direita, para o Pico del Águila. Devemos selecionar o segundo para chegar a um destino do qual estamos atualmente a 0,6 km de distância.

Com o horizonte completamente claro, começamos a vislumbre uma torre de observação de incêndio ao fundo. Actualmente, a província dispõe de 31 postos com estas características que proporcionam alojamento e protecção a uma pessoa conhecida como ‘vigia florestal’. Este, muitas vezes auxiliado por câmaras, é responsável por detectar possíveis incêndios florestais, descobrir precocemente o fumo, localizar o ponto exacto e notificar o Centro de Comando Provincial.

Visualizações

Subindo uma encosta Estamos localizados na porta desta construção de pedra do Pico del Águila a 1.332 metros de altura -Você não pode subir na torre, pois somente pessoal autorizado pode acessá-la. Lá também descobrimos um ponto de vista a partir do qual temos Vistas de 360 ​​graus. Da direita para a esquerda podemos ver a albufeira de Cuerda del Pozo, Pico Frentes, Moncayo, Molinos de Duero, Salduero, a nascente do rio Douro, Covaleda, rodeada de pinheiros, e os Picos de Urbión. Nossos especialistas no território soria e guias desta expedição, Manolo Ciria e Feli Orden, enfatizam a majestade de um lugar onde milhares de pessoas vêm ao longo do ano – no nosso caso coincidemos com algumas colônias que estão instaladas no albergue Salduero. Precisamente, dirigimo-nos a esse concelho, mas não antes de darmos uma última vista de olhos a estas paisagens de Soria, perfeitas para postais. Após 4 km de subida, iniciamos a descida por o caminho do Douro, um percurso de longa distância que acompanha o curso do rio através de Espanha e Portugal desde Duruelo de la Sierra até ao Porto. Em Castela e Leão estão sinalizados trechos de cinco províncias: Soria, Burgos, Salamanca, Valladolid e Zamora.

Na descida vemos carvalhos e pinheiros, sendo estes últimos mais abundantes segundo nos aproximamos de Salduero. Nesta zona as bengalas são essenciais, uma vez que caminhamos sobre uma superfície com inúmeras pedras. Após 3 quilómetros, chegamos ao cemitério da cidade. Na frente dele vemos uma planta de abrunho. Esta fruta pequena, redonda e roxa, de sabor ácido, é um ingrediente necessário para fazer o pacharán. Uma forma de criar esta bebida é fazer uma mistura com 20% de abrunhos, 80% de creme de anis, um pau de canela e algumas gramas de café. Posteriormente, deixa-se macerar em garrafa durante seis meses e obtém-se o pacharán. Após esta aula, seguimos direto para a ponte de pedra que liga a cidade. Dele contemplamos uma piscina natural que os moradores locais gostam. Ao erguer uma espécie de pequena barragem, fazem subir o nível da água. Da mesma forma, colocam escadas para que os banhistas possam aceder a este local sem problemas.

último empurrão

Com pouco mais de 170 vizinhos, Salduero é um dos destinos mais visitados da província. Em 2017 foi considerada a localidade mais bonita de Castela e Leão pelas suas ruas de paralelepípedos e casas de pedra. Conhecido por ser ‘filho da água e da madeira’, o seu passado esteve ligado às obras rodoviárias e à transumância. Por todos estes motivos, e embora não seja necessário entrar para completar o nosso percurso, é mais do que aconselhável visitar os seus recantos e admirar um pouco a sua beleza.

Deixando-a para trás, seguimos por um caminho à direita da ponte de pedra em direção a Molinos. Já vendo o fim da expedição, faltam apenas 1,3 quilômetros, ainda temos tempo de conhecer a ermida de Santo Cristo, pertencente a Salduero. Como nos explica um transeunte, ali estão guardadas algumas imagens que são carregadas nos ombros dos paroquianos até à vila. Este templo, construído com pedras bem trabalhadas, possui duas portas de entrada em aduelas gêmeas protegidas por uma cobertura sustentada por três colunas de pedra. Ao mesmo tempo, à direita vemos algumas cruzes neoclássicas de Molinos. Marcam as paradas da Via Sacra que os moradores do município realizam durante a Semana Santa.

Assim, enfrentamos os últimos metros da viagem, entrando na vila pela antiga lavandaria e pelo frontão. Ao entrar na praça ainda se respira um aroma festivo. Nos dias anteriores a este percurso, o retiro de maio foi celebrado com vários concertos na Plaza Mayor – podemos ver o palco onde estiveram os grupos.

Com cerca de 160 habitantes, recebeu em duas ocasiões o prémio ‘Município Turístico da Província de Sória’. Uma de suas principais atrações é a igreja paroquial de San Martín de Tours, padroeiro de Molinos de Duero. Nele você pode ver um estilo gótico com planta em cruz grega, algo incomum no território de Soria. A partir daí seguimos para o nosso veículo, localizado na zona dos armazéns industriais, muito próximo da primeira saída da vila. Uma vez montado, Despedimo-nos de um percurso circular de 7 km que concluímos após duas horas de caminhada por esta zona.

Miranda Pearson

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