O embaixador da Colômbia nos Estados Unidos, Luis Gilberto Murillo, propôs ao governo americano uma série de medidas, entre as quais a ambiciosa solicitação de eliminar, para certos casos, o exigência de visto para entrar nos Estados Unidos. Um benefício que poucos países desfrutam.
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Em conversa com o EL TIEMPO, Luis Murillo explicou como está o andamento do processo de eliminação da exigência de visto para os cidadãos colombianos.
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O embaixador indicou que o primeiro passo é criar um comitê encarregado de monitorar e garantir que o país cumpra os requisitos necessários.
“Com a ajuda dos Estados Unidos, vamos realizar esse processo para que, à medida que cumpramos os requisitos, o progresso seja registrado. para que a tarefa possa ser realizada no menor tempo possíveldisse Murilo.
“Isso leva anos, mas não pode ser deixado de lado. Mais cedo ou mais tarde (será alcançado), os turistas colombianos merecem isenção de visto”, disse ele a esta agência.
Além disso, avançou duas propostas que poderiam ser cumpridas em prazo menor do que o ambicioso pedido de isenção de visto.
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A primeira é que aqueles cidadãos que viajam recorrentemente para os Estados Unidos podem ser excluídos da exigência de visto. “Esse grupo de pessoas já deveria ter isenção porque ficou demonstrado que não tem outra intenção além de vir para este país e desenvolver suas atividades de turismo e negócios”, justifica Murillo.
A segunda proposta, que ainda não está na mesa de diálogo com os Estados Unidos, consiste em “fornecer o processo de revisão de documentos imigratórios, que se chama a pré-entrada, uma vez na Colômbia“, diz Murillo.
Quais países fazem parte da cobiçada lista?
Por enquanto, apenas 40 nações ao redor do mundo obtiveram o benefício do VWP (Visa Waiver Program, em inglês) ou Programa de Isenção de Vistos. Entre esses países está o Chile, a única da América Latina que conquistou esse benefício em 2014.
O programa permite que cidadãos de determinados países membros entrem nos Estados Unidos para fins de turismo, negócios e trânsito, e permanecer por um período máximo de 90 dias sem a necessidade de visto.
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Apesar disso, é necessário que o visitante tenha uma autorização eletrônica de viagem conhecida como ETSA. Esta autorização tem a duração de 2 anos.
Na lista estão: Andorra, Austrália, Alemanha, Áustria, Bélgica, Brunei, Chile, Coréia do Sul, Croácia, Dinamarca, Espanha, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Japão, Letônia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo e Malta, Mônaco, Nova Zelândia, Noruega, Holanda, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, San Marino, Cingapura, Suécia, Suíça e Taiwan.
O que é necessário para retirar o visto?
Para que a Colômbia possa se tornar o 41º país na lista de nações que não precisam de visto para entrar nos Estados Unidos deve atender a uma série de demandas complexas que os Estados Unidosque pode levar anos para ser alcançado.
Olhando para o caso do Chile, único país da América Latina a ter esse benefício, esse teve que cumprir condições importantes em matéria de segurança nacional, cooperação bilateral, controle migratório e criminal, prevenção e combate ao narcotráfico, bem como modernização dos processos migratórios.
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Um dos principais desafios da Colômbia Tem a ver com o controle da imigração, a passagem ilegal pelas fronteiras e uma melhor vigilância e atenção ao problema do narcotráfico.
Especialistas sugerem que Colômbia deve mostrar melhora sobre esses pontos para ser considerado como um possível beneficiário do VWP.
Um dos requisitos a serem incluídos no VWP é uma taxa de recusa de visto inferior a 3%. Para a Colômbia, em 2019, 42% dos pedidos de visto para os Estados Unidos foram rejeitados, o que significa que ainda há uma longa margem para cortar.
A decisão de permitir ou não a entrada da Colômbia entre os países com isenção de visto americano cabe, em última instância, ao presidente dos Estados Unidos, quem será a última voz neste longo processo.
Apesar disso, são várias as autoridades governamentais que terão de dar sinal verde antes de chegarem ao gabinete da Casa Branca.
REDAÇÃO INTERNACIONAL
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