Lisboa, 29 de maio. O veterano japonês Kazuyoshi Miura, que, aos 56 anos, é o futebolista mais velho no activo, assegurou após ter sido homenageado em Portugal que pretende continuar em campo “pelo menos até aos 60 anos”.

Miura jogou 20 minutos na vitória da sua equipa, a Oliveirense, sobre o Leixões (4-3), na última jornada da segunda divisão portuguesa, foi o capitão e recebeu o prémio de melhor jogador em campo.

Sobre o seu futuro, o “Rei Kazu”, como é conhecido, garantiu que não pensa deixar de jogar, embora não tenha garantido a sua continuidade em Portugal, já que é algo que “vai resolver mais tarde”.

“Continuar jogando? Pelo menos até os 60 anos!” Disse o experiente avançado em declarações ao canal português Sport TV, nas quais se mostrou muito grato pela sua experiência no futebol português.

“Estou muito grato a todos. Ao clube e aos adeptos. O prémio é para a equipa, não para mim. Não fiz golo nem nada (…). Se não tivesse tido a ajuda dos jogadores e do técnico, eu não estaria aqui”, disse Miura em português, idioma no qual é fluente, pois foi no Brasil que iniciou sua longa carreira.

Kazuyoshi Miura ingressou na Portuguesa Oliveirense, o seu 16.º clube, em janeiro último por empréstimo do japonês Yokohama FC, detido pelo Grupo Onodera, que no final de 2022 adquiriu à Oliveirense a maioria das ações da SAD.

Ele jogou apenas 27 minutos em três partidas, e na primeira bateu um recorde, já que aos 56 anos se tornou o futebolista mais velho a jogar em Portugal.

Rapidamente se tornou um ídolo entre os adeptos oliveirenses e sempre que entrava em campo era aplaudido ruidosamente.

Quem não concordou com a homenagem à lenda nipónica foi o Leixões, sendo que o seu treinador, Vítor Martins, chegou a considerá-la “ofensiva”.

“Num jogo em que foram sete golos, não entendo como é que dão o prémio de melhor jogador ao Miura. Acho ofensivo dar-lhe o prémio, não é assim, senão vira um circo.” disse ele em entrevista coletiva. EFE

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