A história da Google em Portugal foi antes e depois de 2018. Nesse ano, a presença do gigante da internet era pouco mais do que uma pequena delegação num país periférico. Em 2018 surgiu o momento de mudança, que reporta a instalação de um centro de fornecedores com 500 profissionais no Lagoas Park, em Oeiras. Empresas que trabalham para o Google. O Governo, que não deu a primeira oportunidade para mostrar a atratividade do país para o investimento estrangeiro, só teve de esperar um ano para que surgisse uma segunda boa notícia: em 2019, a Alphabet (a empresa que parou a Google) confirmou que pretende aumentar de 500 para 1350 ou o total de profissionais da central de fornecedores. Ao fim de três anos, pouco ou nada foi anunciado, mas o Expresso sabe que o centro de fornecedores não parou de crescer e ocupa ainda dois edifícios no parque empresarial Quinta da Fonte, também em Oeiras. Como foi possível às pressas, vão estar cerca de 600 pessoas a trabalhar para a Google através de empresas fornecedoras que se vão instalar na Quinta da Fonte. O grupo que para o Google não comenta nem dá detalhes sobre o que acontece na central de fornecedores.
Fontes do sector tecnológico referem que o centro de fornecedores vem visitar os quadros da Accenture e da Teleperformance, mas não será de estranhar que haja mais marcas. Há menções a serviços prestados a partir de outras localidades, como o Parque das Nações, em Lisboa. Dois fornecedores têm a mesma função de prestar remotamente serviços elementares de assistência técnica. Há também histórias sobre serviços de revisão de conteúdo, suporte para programas de inserção de publicidade ou controle de qualidade de dados. Os serviços são prestados para diferentes geografias, pelo que uma parte substancial deles são dois trabalhadores estrangeiros ou falantes de línguas estrangeiras.
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