MADRI, 30 (EUROPE PRESS)
Marta Temido apresentou a sua demissão do cargo de ministra da Saúde de Portugal ao primeiro-ministro, António Costa, esta terça-feira, depois de considerar que já não reúne “as condições para o cargo” e num momento de crescente polémica pela morte de uma turista grávida.
Costa indicou num primeiro comunicado que “respeita a decisão” e agradece a Temido por “todo o trabalho” que tem realizado desde que assumiu a pasta em 2018, sobretudo no que diz respeito à sua gestão da crise sanitária provocada pela pandemia, o que o tornou um dos membros do gabinete mais reconhecidos e populares.
No entanto, numa aparição posterior, o primeiro-ministro admitiu que a morte de uma grávida que não foi inicialmente tratada num hospital de Lisboa devido à saturação do serviço de neonatologia pode ter sido a gota d’água que quebrou as costas do camelo.
“Entendo que está estabelecido como uma linha vermelha que as mortes ocorram em um processo que ocorre nos serviços sob sua tutela”, disse Costa à mídia. O setor saúde tem se destacado pelas limitações que os serviços de urgência e ginecologia vêm vivenciando.
Temido está à frente do Ministério da Saúde nos últimos três anos do Governo da Costa depois de suceder Adalberto Campos Fernandes. Na pendência da sua substituição, a pasta continua nas mãos do secretário de Estado adjunto, António Lacerda Sales, e da secretária de Estado da Saúde, Maria de Fátima Fonseca.
Costa assegurou que ainda não pensou no nome da pessoa que vai ocupar definitivamente o ministério, mas fontes governamentais citadas pela agência Lusa e pela cadeia RTP alertaram que não haverá anúncio iminente.
Com vasta formação no sector, Temido é doutorado em Saúde Internacional pelo Instituto de Medicina Tropical da Universidade de Lisboa, mestre em Gestão e Economia da Saúde pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e licenciado em Direito pela mesmo centro.
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