O incêndio que devastou mais de 14 mil hectares na semana passada na Serra da Estrela, em Portugal, foi reativado nas últimas horas e pode alastrar-se ainda mais apesar das tentativas de extinção por parte das autoridades, que o tinham entregue ao controlo este sábado.
“Neste momento está activo. É um fogo bastante dividido, com grande potencial para novas aberturas”, informou o comandante nacional da Proteção Civil portuguesa, André Fernandes, em conferência de imprensa na terça-feira, explicando que o combate é “complexo” devido para a área em que se encontra.
Soma-se a isso o clima “desfavorável”, com vento e altas temperaturas, e terrenos secos após várias semanas de seca.
A reativação ocorreu na tarde desta segunda-feira.
Atualmente, existem cerca de 1.100 soldados em terra, 356 meios terrestres e 13 meios aéreos.
Fernandes informou que desde o início do incêndio em 6 de agosto, houve 19 feridos leves e três feridos graves, bombeiros que sofreram um acidente na última quinta-feira, embora “nenhum dos três seja fatal”.
Da mesma forma, 25 pessoas foram atendidas nas operações e 45 pessoas foram despejadas nas últimas horas devido ao incêndio, que afetou a maior área protegida de Portugal.
O Parque Natural da Serra da Estrela fica perto das províncias espanholas de Salamanca e Cáceres.
Quando a Proteção Civil considerou que dominava este sábado, o incêndio tinha afetado 14.757 hectares, segundo dados provisórios.
Portugal continental sofre há mais de um mês com uma vaga de incêndios que não tem dado trégua às autoridades, que devem também contrariar os efeitos das intempéries.
Esta terça-feira as tropas combatem também mais 14 incêndios rurais em Portugal Continental.
O mais recente relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) mostra que este ano, até 31 de julho, os incêndios queimaram 58.354 hectares de massa florestal.
A área queimada é 59% maior que a medição anual dos dez anos anteriores.
As autoridades portuguesas detiveram este ano 119 pessoas suspeitas do crime de incêndio florestal, de acordo com o que o ministro português da Administração Interna, José Luís Carneiro, divulgou este domingo aos meios de comunicação locais.
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