O dardo certeiro de Diego Lugano contra a seleção argentina: “Dos 5 pênaltis que lhe deram no Catar, 4 não foram”

Para o ex-zagueiro uruguaio, a Seleção contou com arbitragens no Catar 2022.

Diego Lugano Foi uma das grandes referências na defesa da seleção uruguaia de futebol. Disputou duas Copas do Mundo (África do Sul 2010 e Brasil 2014) com o Céu azul e também teve uma extensa carreira no futebol internacional com passagens marcantes pelo Fenerbhace da Turquia, outra pelo PSG e pelo São Paulo do Brasil, entre outros clubes. Longe dos campos, o total deu uma opinião contundente sobre a aparência do VAR, o papel dos árbitros e o que aconteceu com Uruguai no Catar 2022, que foi eliminado na primeira fase após ser prejudicado na partida decisiva contra Gana. Mas ele também considerou que eles ajudaram a Argentina a caminho do título pelo Influência de Lionel Messi.

“Eles ajudaram a Argentina a ser campeã mundial. Não há dúvida de que eles lhe deram uma mão amiga. Terão os seus méritos, mas dos 5 penaltis que lhe deram, 4 ninguém tem dúvidas que não foram totalmente forçados. Isso é uma realidade. Mas ei, também é um mérito do Messi, que se movimenta muito pelo mundo. Você acha que a FIFA não vê e não serve? Também é um mérito da Argentina saber aproveitar isso”, disse Lugano em entrevista concedida ao programa de rádio uruguaio Futebol de Carve (Carve Deportiva AM 1010). A seleção de Lionel Scaloni teve cinco pênaltis a seu favor no Mundial: contra Arábia Saudita, Polônia, Holanda, Croácia e França.

O ex-jogador de 42 anos também criticou duramente o sistema tecnológico que foi introduzido no futebol para fazer justiça. “Desde que o VAR foi introduzido, deu-se um poder excessivo ao juiz para interpretar o que quiser a qualquer momento. Em um jogo pode haver 20 pênaltis ou nenhum e acho o futebol um caos. Disse isso ao careca Pierluigi Colina (ex-árbitro e membro da Uefa) na Copa do Mundo, também com alguma cadela pelo que fez com a gente. Ele acontece na Argentina também. Não viu o pênalti do Boca para o River? No Brasil também… Acho que o que a FIFA fez com o VAR é um movimento puramente político para mostrar quem sabe quem é transparente. O assunto das mãos é um mamarracho. Se acertar o dedo no canto, eles cobram pênalti e ganham o jogo. É um erro da FIFA. Os jogadores não têm opinião, mas os dirigentes que nunca jogaram futebol têm”, explicou o uruguaio.

“O que me preocupa é que os jogadores não se movimentam para dar a sua opinião. Não pode ser que um clássico ou um jogo seja definido por tamanha estupidez. Está definido um campeonato, o futuro de um jogador ou de um treinador. O VAR traz mais dúvidas do que justiça ao futebol. Obriga o juiz a intervir em jogadas estúpidas e inconsequentes. Eles não entendem o que é um contato. Não vamos falar do Mundial do Catar porque é uma pena”, completou.

Diego Lugano Sobre Marcelo Bielsa

Por outro lado, sobre a chegada de Marcelo Bielsa à direção técnica do Céu azul Substituindo Diego Alonso, Lugano Ele destacou que o Loco poderia dar um salto de qualidade a um time que precisava de uma mudança. “Isso me deixa muito otimista e me deixa muito feliz. Apesar de ser fã dos técnicos uruguaios, entendo que hoje o futebol está globalizado e até o Brasil está de olho em treinadores internacionais como Carlo Ancelotti (Itália) ou Abel Ferreira (Portugal) quando são pentacampeões mundiais. Dos técnicos que nós, uruguaios, poderíamos escolher, o mais indicado é o Bielsa. No meu ponto de vista, por ter uma filosofia de futebol, até de vida e de trabalho que não é a nossa porque somos muito mais conservadores, Acho que ele vai deixar todos nós sonolentos por causa do jeito que ele trabalha”analisado.

“Não sei se vamos aprender, mas vamos treinar e ouvir outras coisas desse esporte. Acho que localmente vai nos abalar um pouco. Precisamos de uma figura como Bielsa para mudar a forma como jogamos. Precisamos saber o que sai dessa mistura. Os resultados nunca são garantidos, mas o certo é que é um técnico capaz de levar o Uruguai longe e abalá-lo um pouco pela intensidade do trabalho. Não há um jogador que tenha passado por isso, estou falando dos monstros da Argentina em 2002, dos chilenos e europeus, que não falam maravilhas. Acho que a AUF tem feito um grande movimento e a nível internacional posiciona-nos”, entusiasmou-se.

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Cedric Schmidt

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