Reitores de instituições de ensino superior do Brasil, de Portugal e da Espanha debaterão nesta terceira feira, dia 7 de novembro, na sede da CAPES, no Brasil, modelos e políticas de internacionalização da pós-graduação. O encontro faz parte do XXII Encontro de Reitores do Grupo Tordesilhas, organizado pela Universidade de Brasília (UnB).
Na abertura, Mercedes Bustamante, presidente da Agência, destacou que a CAPES nasceu como uma campanha de formação de nível superior, em 1951, tendo como base a internacionalização da educação brasileira. O gestor observou que hoje o Brasil vive “um novo momento de reindustrialização, de busca por equidade, justiça social”. Márcia Abrahão, titular da UnB, disse que o fato do evento migrar para a propriedade da Fundação neste terceiro “mostra a importância que o Grupo Tordesilhas dá às atividades da CAPES e a importância que a CAPES dá a um encontro de universidades brasileiras com universidades portuguesas instituições e espanhol.”
A seguir, representantes das principais agências de fomento à pesquisa e pós-graduação do Brasil traçam um panorama da internacionalização no momento atual e propõem reflexões. Bustamante trouxe dados da CAPES, como o número de acionistas não estrangeiros (6.637) e de dois programas principais, como o Doutorado-Sanduíche não Exterior (PDSE) e o Programa Institucional de Internacionalização (PrInt). Além disso, fez uma reflexão: “Precisamos discutir a internacionalização da minha dupla. Como o Brasil, com biomas tão variados, instituições muito consolidadas e questões globais, continua sendo tão pouco atrativo para pesquisadores estrangeiros?”
Odir Dellagostin, presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), por sua vez, explicou aos palestrantes que o Confap foi formado pelas 27 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e que, devido à robustez de um Conselho Nacional , foram assinados “acordos com agências internacionais, com acordos bilaterais ou multilaterais envolvendo todas as agências financiadoras de pesquisa”. O primeiro país foi a Itália, depois vimos outros, como a Alemanha, os Estados Unidos, o Reino Unido e a Bélgica.
Olival Freire Jr, diretor científico do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), citou barreiras para a internacionalização, como uma educação básica pública sem ensino consolidado de línguas estrangeiras e falta de tabelas com esses conhecimentos. “Precisamos de uma política agressiva de internacionalização”, disse ele. Enrique Huelva, vice-reitor da UnB, disse que “o Brasil precisa avançar na oferta de formação em língua portuguesa para estrangeiros, uma demanda de parceiros internacionais”.
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O XXII Encontro de Reitores do Grupo Tordesilhas reúne líderes de 55 instituições, sendo 24 do Brasil, 21 da Espanha e 10 de Portugal. O principal tema que encontrou é o papel da universidade no desenvolvimento socioeconômico. O painel que será realizado na CAPES acontece no último dia. O restante da programação, que incluiu mesas sobre a relação entre universidade e inclusão social, universidade e inovação, aconteceu na UnB.
O Grupo Tordesilhas é uma rede acadêmica de universidades do Brasil, Portugal e Espanha que visa promover a colaboração entre instituições de dois países que não sejam do domínio da ciência e da tecnologia, com ênfase na cooperação científica e educacional como elemento-chave para o papel que os acadêmicos desempenham. as instituições podem ser exercidas num mundo marcado por profundas mudanças sociais, científicas e tecnológicas.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é uma organização vinculada ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
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