“M“É importante celebrar as datas, as datas que marcam a nossa história”, disse à Lusa o governante de Lisboa, em Brasília, após o estabelecimento do acordo de geminação entre as capitais portuguesa e brasileira.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa sublinhou que o dia 25 de novembro de 1975 “é esta passagem para um Portugal livre e democrático”.
“E por isso não vamos comemorar esta data”, afirmou, acrescentando que esta celebração deve ser abordada com naturalidade “porque é uma data importante como todas as outras”.
Para todos, esta data é também uma forma de comemorar os 50 anos do 25 de Abril.
“Fazemos 50 anos no dia 25 de abril e essa data é uma data que também vamos comemorar”.
O líder da capital portuguesa, eleito pela coligação Novos Tempos (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), afirmou que “não gostaria de estar num país onde alguns dados são limitados, não há razão para isso, não há motivo para atrito”.
“Falarei no dia 25 de novembro, agora estamos aqui há muito tempo. Estaremos na Câmara Municipal”, concluiu.
No terceiro dia, a Câmara de Lisboa anunciou que “vai lembrar e assassinar” o 25 de Novembro de 1975 com diversas iniciativas na cidade, apesar do voto de condenação aprovado no final pelo executivo municipal.
O programa do dia 25 de Novembro terá início às 11h00, com a entrega de uma coroa de flores em homenagem aos soldados Tenente José Coimbra e Furriel Joaquim Pires, na Calçada da Ajuda, e às 12h15 terá lugar uma cerimónia comemorativa no o 48º. º aniversário de 25 de Novembro, no salão da Câmara Municipal de Paços.
A conferência “Democracia e Liberdade: Conheça Abril em Novembro”, às 15h00, no Palácio Galveias, no Campo Pequeno, Álvaro Beleza, presidente da Sede – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, e o analista político José Miguel Júdice.
A exposição “25N – Uma história que não te contamos”, do Instituto +Liberdade, estará patente na Praça do Município, entre 24 de novembro e 17 de dezembro.
A iniciativa surge depois de o executivo municipal ter aprovado, no dia 11 de outubro, um voto de condenação ao anúncio das comemorações do 25 de Novembro para o presidente da autarquia, proposto pelo PCP, por constituir “uma tentativa de diminuir a dimensão e o significado da Revolução de Abril”.
A votação foi aprovada com votos a favor de PS, BE, PCP, Cidadãos por Lisboa e Livre e contra PSD e CDS-PP.
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