Mbappé volta a se posicionar com piada política a jornalista que estava na sua “extrema esquerda”

França é disputado nesta sexta-feira contra Portugal (21h00) a passagem para as semifinais da Euro 2024. No entanto, na França, eles aguardam um assunto ainda mais importante: o segundo turno das eleições legislativas, que serão realizadas neste domingo, 7 de julho. No comício em Os Azuis não são alheios a esta situação da qual Kylian Mbappé falou novamente.

O avançado do Real Madri Ele falou em entrevista coletiva na quinta-feira sobre as eleições francesas e apelou aos eleitores para se mobilizarem “para não deixar o país nas mãos dessas pessoas”, referindo-se ao partido Grupo Nacional (RN)que ficou em primeiro lugar no primeiro turno com 33,15% do total de votos.

Tal como antes da primeira volta das eleições, o avançado da selecção francesa e do Real Madrid voltou a apelar ao voto contra a extrema-direita e animou os seus compatriotas a escolherem uma opção diferente da do partido de Marine Le Pen.

“Mais do que nunca temos de ir votar. Há uma urgência real. Não podemos deixar o nosso país nas mãos destas pessoas. É mesmo urgente. Penso que já vimos os resultados, é catastrófico e esperamos mesmo que corra bem e que as pessoas se mobilizem”, frisou na véspera de defrontar Portugal nos quartos-de-final do Campeonato da Europa.

Não foi o único momento em que a política roubou a cena na coletiva de imprensa de Mbappé. Quando um jornalista tentou fazer uma pergunta, Kylian não conseguiu vê-lo entre os presentes e apontou que estava em sua “extrema esquerda”. A expressão divertiu o atacante, que respondeu com um sorriso como este: “Graças a Deus você não estava do outro lado”, brincou ele em referência à extrema direita de Marine Le Pen.


Mensagens de mais atletas

Muitos atletas franceses, assim como companheiros de equipe de Mbappé, se manifestaram contra a extrema direita nas últimas semanas. Vencedor Wembanyamaum astro do basquete francês e estrela em ascensão da NBA, apoiou Kylian e, na semana passada, pediu aos franceses que não votassem “nos extremos”, o que é entendido como uma alusão à extrema esquerda, mas especialmente à extrema direita, a favorita nas eleições legislativas deste domingo e de 7 de julho.

“As escolhas políticas são pessoais, mas acho importante nos distanciarmos dos extremos, que não são propícios para governar um país como o nosso”, disse Wembanyama em um evento em Paris.


Ao se referir aos “extremos”, como fez o presidente francês Emmanuel Macron, entende-se que “Wemby” se refere à nova Frente Popular de esquerda e ao Rally Nacional (RN) de Marine Le Pen, o claro favorito para controlar a Assembleia Nacional.

O jogador do San Antonio Spurs — cujo pai é congolês — não deu mais detalhes sobre seu apelo, ao contrário de Mbappé, que disse que não gostaria de “representar um país que não personifica” seus valores, referindo-se ao RN, um partido ultranacionalista com medidas anti-imigrantes (Mbappé tem pai camaronês e mãe argelina).

Calvin Clayton

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