As estatísticas sobre o investimento direto estrangeiro em Portugal (IDE) por região analisam os montantes deste investimento por região portuguesa beneficiária.

Uma das metodologias utilizadas pelo BdP chama-se estabelecimentos e considera “não só a região onde se localiza a contraparte do investimento direto (…), mas também as regiões das subsidiárias diretas da contraparte imediata que se situam dentro do perímetro de investimento direto e as regiões dos respetivos estabelecimentos destas entidades”.

Esta abordagem permite, segundo o BdP, “uma distribuição pelos locais onde efetivamente se localiza a atividade económica das empresas”.

Utilizando esta metodologia, o Banco de Portugal regista que a região de Lisboa foi destino de um investimento de 99.614 milhões de euros, equivalente a 55,2% do total.

Em segundo lugar, a região Norte registou um investimento direto estrangeiro de 16,5%, com 29.848 milhões de euros.

Em terceiro lugar, mas já abaixo dos 10%, com 17.807 milhões de euros, o Algarve recebeu 9,9% do total do IDE em Portugal.

Centro (11.259 milhões de euros e 6,2%), Madeira (8.645 milhões de euros e 4,8%) e Alentejo (6.174 milhões de euros e 3,4%) também foram algumas das regiões preferidas para o investimento direto estrangeiro.

Setúbal, Oeste e Vale do Tejo e Açores foram as regiões portuguesas com menor stock de IDE em 2023, totalizando, respetivamente, 3.925 milhões de euros, 2.614 milhões de euros e 524 milhões de euros.

Em 2023, o IDE em todas as regiões portuguesas aumentou, destacando-se as variações homólogas no Alentejo (12%), Setúbal (11,9%) e Algarve (11,3%).

Pelo contrário, a Madeira (0,7%), Centro (1,8%) e Norte (3,3%) registaram as menores oscilações.

O IDE nos Açores, Oeste e Vale do Tejo e Lisboa aumentou, respetivamente, 9,4%, 8,0% e 6,7%.

Investimento europeu

A Europa foi o continente que originou a maior parte do IDE em Portugal em 2023, sendo responsável por 156.284, o equivalente a 86,6% do total, seguida da Ásia (6,2%, 11.098 milhões de euros), América (5,2%, 9.365 milhões de euros). ), África (1,9%, 3.468 milhões de euros) e Oceânia (0,1%, 91 milhões de euros).

África foi o continente com maior crescimento homólogo (21,9%), seguido da Ásia (12,1%), enquanto a Oceânia foi o único bloco com uma diminuição do seu IDE em Portugal em 2023, caindo 15,4%.

A zona euro foi responsável por 73,9% do investimento direto estrangeiro em Portugal, enquanto a União Europeia foi responsável por 76,3%.