Incêndios em Portugal: Pelo menos 41 feridos

Incêndio acalma em Portugal após Quatro dias de incêndios que devastaram mais de 8.500 hectares de árvores e matagais, embora as autoridades não baixem a guarda diante da previsão de ventos e aumento de temperaturas nas próximas horas.

As duas principais frentes ativas, em Vila de Rei e Maçao, no centro do país, foram “dominadas”, anunciou hoje Luís Belo Costa, comandante de operações da Proteção Civil, dando conta da situação ao meio-dia.

No entanto, ele destacou que mil militares continuam trabalhando e o alerta permanece em vigor diante de um possível agravamento da situação. condições meteorológicasembora, mesmo com a mudança, “não sejam agressivos” como na tarde de segunda-feira, quando o vento e o calor alimentaram os focos mais ativos.

No geral, de acordo com as autoridades, 41 pessoas receberam assistência médica, embora apenas 17 tenham ficado feridos, um deles gravemente.

O chuva A queda durante a noite tem sido uma aliada fundamental das equipes de combate a incêndios que têm trabalhado incansavelmente na área. Embora ainda não haja uma avaliação provisória dos danos, o incêndio arrasou desde sábado a mesma superfície que ardeu em Portugal nos primeiros sete meses do ano.

Fontes da Polícia Judiciária explicaram à Efe que a única pessoa detida até agora como suspeita de ter provocado o incêndio está em prisão provisória aguardando a conclusão da investigação.

Devido às condições meteorológicas, as autoridades mantêm a alerta máximo em 29 municípios do país, a maioria na região centro.

Em localidades como Roda, onde na segunda-feira foi necessário queimar um perímetro de vegetação rasteira para evitar a chamadas chegaram às casas, a situação “está em fase de resolução e prevenção”, disse à Efe o chefe dos bombeiros do grupo, Rui Ruela.

Nos arredores, na localidade de Cardigos e na estrada que leva à vizinha Sernadas, o panorama é Desoladocom quilômetros de florestas de pinheiros e plantações de eucalipto devastadas pelas chamas.

Os moradores de Sernadas respiram melhor nesta terça-feira, depois de o incêndio que ameaçava o centro da cidade na tarde de domingo ter sido extinto.

Um Citroën 2CV queimado na estrada que leva à aldeia é uma lembrança do pesadelo“Tudo ao redor da aldeia queimou e as chamas destruíram uma primeira casa e um celeiro”, explica José Augusto Farinha.

“O fogo veio de repente e não sabíamos para onde ir. Os bombeiros não conseguiram lidar com tudo”, diz seu vizinho Manuel, que sofreu perdas significativas em um pedaço de terra que ele possui.

críticos

As críticas à gestão dos meios de combate aos incêndios e ao atendimento à população foram hoje dirigidas ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), responsável pela evacuação da população e atendimento às vítimas.

A única gravemente feridoUm idoso que estava em coma induzido devido às queimaduras sofridas no incêndio de Maçao demorou quatro horas a receber assistência médica porque havia “algumas condições”, segundo as autoridades, que dificultaram o seu transporte de helicóptero.

Os incêndios deste fim de semana trouxeram à memória a tragédia que Portugal viveu em 2017, quando um incêndio causou uma centena de vítimas, a maioria em Pedrógão, muito próximo da área agora afetada pelas chamas.

Os autarcas das áreas afetadas questionaram a utilização de recursos para a gestão, enquanto o primeiro-ministro, o socialista António Costa, destacou que a prevenção é uma responsabilidade municipal.

Costa, que tem sido duramente criticado pela tragédia de 2017, não visitou a área do desastre, mas enviará um de seus ministros para visitar as cidades afetadas pelas chamas hoje.

O presidente do PSD conservador, Rui Rio, evitou polémicas, dizendo que é “má educação” exigir responsabilidade no combate aos incêndios, enquanto Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, lamenta que legislação obsoleta contribua para alimentar o problema.

Miranda Pearson

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