BUDAPESTE (Reuters) – A Hungria confirmou neste domingo a primeira vítima oficial do novo coronavírus no país da Europa Central, informou a agência de notícias estatal MTI.
Um cidadão húngaro de 75 anos morreu pouco depois de ser hospitalizado com pneumonia grave e suspeita de infecção por coronavírus, informou o centro de comunicação do governo.
A Hungria tem 32 casos confirmados de coronavírus e 159 pessoas em quarentena, segundo dados do governo. O governo fechou todas as escolas e introduziu restrições às reuniões públicas esta semana.
Uma idosa de 99 anos também morreu esta semana após ser exposta à filha, que desde então testou positivo para o novo coronavírus. Ela não é oficialmente uma vítima do coronavírus porque não foi testada antes de morrer e uma declaração de liberação ainda não estava disponível, informou o site 444.hu no domingo.
O primeiro-ministro Viktor Orban, um nacionalista fervoroso, foi rápido em culpar os estrangeiros pela propagação do vírus, dizendo à rádio nacional na sexta-feira que havia uma ligação clara entre a imigração ilegal e a propagação do vírus.
“Como o movimento espalha a doença e faz a epidemia global, e a migração é movimento, há uma ligação lógica entre os dois”, disse ele. “A Hungria conseguiu se defender contra a migração, por isso estamos protegidos contra as infecções que os migrantes podem trazer com eles.”
O governo decidiu fechar todas as escolas na sexta-feira depois que todos os partidos políticos, incluindo o partido governista Fidesz, pediram isso. Primeiro, fechou apenas universidades, dizendo que ensinavam muitos estrangeiros, depois que a primeira dúzia de casos se concentrou em escolas de medicina com muitos estudantes estrangeiros.
Embora os primeiros casos relatados tenham sido iranianos, os húngaros agora superam os estrangeiros em 22 a 10.
Reportagem de Marton Dunai; Edição por Kirsten Donovan, William Maclean
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