Guerra Ucrânia – Rússia, última hora ao vivo hoje: notícias de 22 de maio de 2023

Zelenski ‘planta’ um Lula ‘irritante’

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silvagarantiu que organizou uma reunião com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskydurante a cúpula do G7 no Japão, mas o ucraniano não apareceu.

“Tivemos uma (reunião) bilateral com a Ucrânia às 15h15 (horário local). Esperamos e recebemos a informação de que estavam atrasados. Enquanto isso, ajudei o presidente do Vietnã. E quando o presidente do Vietnã saiu, a Ucrânia não apareceu. Eu com certeza tinha outro encontro”disse o brasileiro em entrevista coletiva, em depoimentos colhidos pelo jornal brasileiro ‘Folha de S.Paulo’.

Zelensky se reuniu com vários líderes mundiais – incluindo os líderes do G7 da Coreia do Sul, Indonésia e Índia – durante sua visita a Hiroshima, onde participou pessoalmente de surpresa da cimeira do G7 que aconteceu neste final de semana.

Segundo fontes governamentais consultadas pelo referido jornal, a reunião teria mudado o horário três vezes a pedido da delegação ucraniana –com as conseqüentes mudanças de última hora na agenda de Lula–, mas ao final ninguém compareceu ao encontro com o presidente do Brasil, que, segundo o jornal, teria ficado esperando na sala de reunião do hotel com o bandeiras ucranianas e brasileiras prontas para a partida.

O próprio Zelenski, questionado em coletiva de imprensa se estava decepcionado por não ter encontrado seu homólogo brasileiro, considerou que Lula ficaria desapontado. Mesmo assim, ele não deu muitos detalhes sobre a reunião fracassada e afirmou que “cada um de nós tem seus próprios horários”, então a reunião não poderia ter ocorrido.

Por sua vez, Lula afirmou que ainda gostaria de manter uma conversa com o presidente ucraniano, acrescentando que “Não fiquei desapontado, fiquei chateado”. “Mas bem, Zelenski é maior de idade, sabe o que está fazendo”, sentenciou o brasileiro.

Ainda assim, Lula garantiu que o ocorrido não afeta sua intenção de ser um país mediador no conflito entre Ucrânia e Rússia, embora tenha questionado a intenção tanto de Moscou quanto de Kiev de buscar a paz: “Mantenho minha posição. Estou tentando com outros países, com a Índia, com a China, com a Indonésia, formar um bloco para tentar uma política de paz no mundo”.

“Sinto que nem (o presidente russo, Vladimir) Putin nem Zelensky estão falando sobre paz agora. Parece-me que ambos acreditam que alguém vai ganhar e não precisam falar de paz. Não é possível construir uma proposta na guerra. Queremos que os ataques parem primeiro e depois encontrem uma solução negociada. Assim encontraremos a paz”, acrescentou Lula.

Eloise Schuman

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