(Reuters) – O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou um ex-gerente de uma empresa europeia de comércio de petróleo de pagar subornos de 870 mil dólares para ajudar a ganhar um contrato com a empresa estatal de petróleo do Equador.
Em troca, o ex-gerente, Javier Aguilar, ajudou a empresa a garantir contratos para comprar cerca de US$ 300 milhões em óleo combustível da petrolífera estatal equatoriana Petroecuador, disse o Departamento de Justiça na terça-feira. bit.ly/3mLKK9G
“A empresa de comércio de petróleo pagou a dois intermediários 1,4 milhões de dólares pelos seus esforços para subornar secretamente os funcionários do governo”, afirmou num comunicado.
O esquema utilizou contas bancárias offshore e nos EUA, com 870 mil dólares dos fundos destinados ao pagamento de subornos às autoridades equatorianas, acrescentou o Departamento de Justiça.
Aguilar trabalhou como gerente e comerciante de petróleo em Houston para uma subsidiária norte-americana de uma empresa europeia de comércio de energia, de acordo com documentos judiciais.
A acusação não cita o nome da empresa, mas a Bloomberg News informou, citando uma pessoa não identificada, que se tratava do antigo empregador de Aguilar, o Vitol Group. florescer.bg/2ZVPqzZ
Em comunicado enviado por e-mail à Reuters, o advogado de Aguilar, Alexander Spiro, negou as acusações, mas não respondeu a uma pergunta sobre se ele havia trabalhado para a Vitol.
A Vitol disse estar ciente das acusações feitas contra um indivíduo relacionadas a negócios com a PetroEcuador e que estava cooperando com as autoridades.
Se condenado, Aguilar poderá pegar uma pena máxima de prisão de 20 anos.
O Departamento de Justiça acusou Aguilar de ocultar os rendimentos do suborno através de acordos falsos a serem executados com os chamados consultores nos Estados Unidos.
O caso é o mais recente de uma série nos Estados Unidos e no Brasil contra o maior comerciante independente de petróleo do mundo.
Uma investigação separada iniciada em 2018 no Brasil teve como alvo dois outros ex-executivos da Vitol.
Naquele ano, promotores federais brasileiros disseram à mídia que os principais executivos da Vitol tinham conhecimento “total e inequívoco” da corrupção envolvendo a Petróleo Brasileiro SA, a empresa estatal brasileira conhecida como Petrobras.
Dois ex-comerciantes de petróleo da Petrobras foram presos e estão cooperando com as autoridades dos EUA, de acordo com documentos judiciais da investigação brasileira, conhecida como Lava Jato.
Reportagem de Rama Venkat em Bengaluru e Sabrina Valle no Rio de Janeiro; Edição de Clarence Fernandez e Jonathan Oatis
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