Portugal prepara-se para uma onda de calor neste fim de semana, com temperaturas previstas para atingir 43 graus Celsius (109 Fahrenheit) em algumas áreas, enquanto uma seca severa assola o país.
A Agência de Proteção Civil, órgão do governo português que coordena as respostas oficiais a situações de emergência, informou quinta-feira que as tripulações estão em alerta máximo para o risco de incêndios florestais. Quase um terço do país enfrenta um risco extremo de incêndios florestais, segundo as autoridades.
As altas temperaturas devem durar pelo menos uma semana. O serviço meteorológico nacional IPMA alertou que é provável que ocorram as chamadas “noites tropicais”, quando as temperaturas permanecem acima dos 20°C (68°F) após o pôr do sol.
O governo indicou que vai estabelecer um estado formal de alerta contra incêndios florestais para todo o país a partir de sexta-feira. A medida confere às autoridades poderes especiais, como proibir a queima de restolhos e fogos de artifício em festivais de verão, e permite-lhes requisitar equipamentos como escavadoras para limpar aceiros.
Mais de metade dos incêndios florestais em Portugal são causados por negligência, mostram estudos.
A onda de calor ocorre num momento em que grande parte de Portugal sofre uma seca intensa. No final de Junho, 96% do país estava classificado como em seca “extrema” ou “severa”, as duas categorias mais altas.
O serviço meteorológico refere que desde Outubro passado a precipitação foi pouco mais de metade da média do período e foi a segunda mais baixa desde 1931, altura em que começaram os registos nacionais fiáveis.
As ondas de calor e as secas não são incomuns em Portugal, mas os climatologistas esperam que todo o sul da Europa registe temperaturas mais elevadas e menos chuvas como resultado do aquecimento global.
As autoridades europeias alertaram que o continente enfrenta um dos seus anos mais difíceis em termos de catástrofes naturais, como secas e incêndios florestais, devido ao aumento das alterações climáticas.
Junho também foi muito seco em Espanha, que é vizinho de Portugal, com precipitação a cerca de metade da média de 30 anos e reservatórios a 45% da capacidade.
A Itália sofreu recentemente uma onda de calor prolongada e enfrenta a pior seca dos últimos 70 anos.
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