O extremo do Real Madrid chega ao Qatar mesmo questionado sobre a presença na Bélgica. Se ele se render, pode ser uma boa vitrine para sua saída da LaLiga.
Sua dupla com De Bruyne pode ser vitaminada. ambos marcaram 45% dos gols da Bélgica em grandes torneios internacionais desde a Copa do Mundo de 2014.
A Copa do Mundo no Catar caminha para se tornar um espaço privilegiado para a reivindicação de estrelas desbotadas. Algo como uma reserva natural planetária do futebol em que os melhores dos anos anteriores esperam renascer das cinzas para mostrar ao mundo (e sobretudo aos treinadores dos seus clubes) que ainda existe magia nas suas chuteiras. De Cristiano Ronaldo ou João Félix com Portugal, a Depay com a Holanda, passando por Varane, Casemiro, Vlahovic, En Nesyri… E sem ir mais longe, o caso de Eden Hazard com a Bélgica, uma das equipas que melhor augura o torneio, mas não tem como estrela o atacante do Real Madrid. De facto, a sua ausência nos merengues nos últimos anos deu origem a debates sobre se deveria ou não estar entre os convocados por Roberto Martínez.
De acordo com as previsões da Betfair, Hazard está entre os 25 jogadores mais valorizados do torneio. Não é uma má figura para um jogador que nesta temporada jogou apenas 554 minutos em todas as competições (incluindo a Liga das Nações com a Bélgica, onde tem mais minutos do que com o seu clube). Você paga € 51 por euro apostando que o merengue ‘7’ é eleito o MVP da Copa do Mundo. Uma confiança dos apostadores que reflete que ainda têm fé no jogador que esteve no Chelsea e não no Real Madrid onde não chegou a esse nível em nenhum momento. Hazard iguala jogadores como Virgil Van Dijk, líder da Holanda, Bruno Fernandes ou Antoine Griezmann. Eles não são apenas jogadores de futebol.
Ausências em Madri
Dois meses. É o tempo que Eden Hazard está sem jogar pelo campeonato com o Real Madrid. E é que a sua ausência no último duelo antes do intervalo frente ao Cádiz não fez mais do que prolongar uma tendência que já parece ser uma decisão claramente tomada a respeito do belga e que não é outra senão não participar no campeonato nacional.
De fato, em todo esse tempo, ele jogou apenas 71 minutos e todos foram na Liga dos Campeões (14′ contra o Leipzig (3-2) e 57′ contra o Shakhtar (1-1). Ele não jogou na Liga desde o passado 11 de setembro, no duelo com o Mallorca (4-1), que foi titular Desde então, o Real Madrid já disputou nove jogos do campeonato e Eden Hazard não participou em nenhum deles apesar de ter sido convocado para todos eles.
A fidelidade de Roberto Martínez
Assim sendo, e apesar destes fracos números, o jogador belga foi incluído por Roberto Martínez na convocatória da Bélgica para disputar o Mundial e, a priori, será um dos jogadores importantes da seleção europeia. Por isso, no Catar, ele tem a chance de fazer Carlo Ancelotti ver que errou todo esse tempo e que, quando voltar, deverá ter mais minutos com o time alvinegro. Algo que, por outro lado, parece uma história sem fim desde que chegou a La Castellana há três anos e meio.
Vitamina De Bruyne para recuperar o melhor Hazard
Um fator pode ajudar e é a companhia ofensiva que Hazard terá no torneio. A Bélgica foi a equipe com maior pontuação na última Copa do Mundo em 2018, marcando 16 gols em seu caminho para o terceiro lugar. Desde a derrota na última partida da fase de grupos em 1994 (0 a 1 contra a Arábia Saudita), a Bélgica está invicta em todos os 12 jogos da fase de grupos da Copa do Mundo da FIFA. Eles venceram as últimas sete partidas da fase de grupos da competição, e apenas o Brasil venceu oito partidas consecutivas da fase de grupos da Copa do Mundo (duas vezes, de 1986 a 1994 e de 2002 a 2010).
Além disso, o rival do Catar é, em princípio, um dos países com menos experiência em fases finais. A última participação do Canadá em uma Copa do Mundo foi há 36 anos, em 1986. É a segunda maior diferença entre as participações no torneio entre as seleções participantes deste ano, depois dos 64 anos do País de Gales.
Um rival ideal para começar bem
O Canadá perdeu todos os três jogos em sua única participação anterior na Copa do Mundo, em 1986, sem marcar um gol. Na verdade, eles são uma das quatro equipes que jogaram pelo menos três partidas em finais e nunca marcaram (Trinidad e Tobago, Zaire, China PR).
Kevin De Bruyne e Eden Hazard marcaram coletivamente 45% dos gols da Bélgica em grandes torneios internacionais desde a Copa do Mundo de 2014 (18 de 40). Eles também são os maiores assistentes nessas competições entre os jogadores europeus naquele período (9 assistências cada).
empresa de Lukaku
Hazard terá um especialista nessas nomeações no centroavante belga. Desde a primeira Copa do Mundo de Romelu Lukaku, em 2014, Cristiano Ronaldo (13) é o único jogador europeu a ter marcado mais gols que o atacante belga (11) em grandes torneios internacionais. Segundo as previsões da Betfair, a Bélgica vencedora do Mundial paga-se a 17€ por euro apostado, estando entre as 10 equipas de referência no torneio e com a melhor geração da história dos Red Devils. O estado de forma de Hazard certamente depende de muitas das possibilidades de um time cheio de talento.
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