Não sou economista, porém, não é preciso ser para perceber que algo está errado em nossa forma de entender e entender a produção, distribuição e consumo da riqueza. Nas últimas décadas, a partir da ascensão neoliberal de Reagan nos Estados Unidos, Thatcher na Inglaterra e Salinas no México, certos dogmas econômicos se tornaram para muitos a forma fundamental de orientar o Estado. As macropolíticas, a ausência de valores e o mínimo de empatia com o ser humano passaram a ser os princípios orientadores, e a mesquinhez, a ambição, a voracidade e a especulação destruíram países inteiros com grande dor humana, sob o olhar complacente do Fundo Monetário Internacional. , como é o caso dos PIGS (Portugal, Itália, Grécia, Espanha).
Hoje constatamos que esses paradigmas se esgotaram, que geram exclusão, dor e a maior concentração de riqueza da história. Encontramos fenômenos que não podem ser explicados de forma tradicional, como a Argentina, com pleno emprego, mas com a economia devastada; Ou o caso dos Estados Unidos, com crescimento tecnológico e riqueza, mas com as ruas cheias de moradores de rua e grande revolta social. Isso é compreensível pelas grandes mudanças pelas quais passa uma economia baseada em bens imateriais e conhecimento. Há uma crise econômica atual que não é suficiente para explicar esses fenômenos por meio da aplicação mecânica de fórmulas e equações, que não servem para captar a realidade e o contexto social desses países.
Como medida para estabilizar suas economias, alguns países apostam na desdolarização financeira, por exemplo, China e Brasil, que passarão a realizar suas operações de câmbio comercial diretamente em reais e yuans chineses, dispensando o uso do dólar americano, com os quais buscam alcançar a estabilidade no aumento dos preços e reduzir os níveis de pobreza por meio do aumento do poder de compra dos cidadãos.
É necessário repensar a nossa forma de ver a economia, não só baseada na política monetária como única variável para manter a estabilidade, mas também como elemento de dignidade e prosperidade; Uma economia ao serviço do povo. As nossas ferramentas de análise estão esgotadas, e quem disser o contrário vale a pena perguntar se isto é o melhor que se pode fazer com estes instrumentos, então porque é que tanta opulência e desperdício insultuoso para tão poucos e tão pouco para tantos?
A realidade é que a economia atual não explica os fenômenos contemporâneos, mas também não propõe caminhos: hoje, o mais importante é rever se esses dogmas econômicos podem ser usados para gerar prosperidade compartilhada ou são apenas regras do jogo que servem ao 1% dos mais milionários. . O ex-governador de Minnesota, Jesse Ventura, certa vez afirmou que não fazia sentido que bilionários existissem. Como ninguém pode trabalhar o suficiente para ganhar um bilhão de dólares, enquanto alguém que trabalha mais de 50 horas por semana ganha apenas o mínimo, como você faz essa importante desigualdade funcionar? Como afirmou o presidente Andrés Manuel López Obrador, é necessária uma economia moral como alternativa ao modelo neoliberal, crescimento econômico com justiça social que não acumule riquezas nas mãos de poucos, mas promova uma distribuição mais equitativa e democrática. XXX TWITTER @LuisH_Fernandez
“Fã de café. Especialista em viagens freelance. Pensador orgulhoso. Criador profissional. Organizador certificado.”