Documentos secretos da NATO teriam sido roubados em Portugal e vendidos na dark internet

MADRI

Centenas de documentos confidenciais da NATO enviados para Portugal foram roubados e vendidos na dark internet (teia escura), conforme noticiado esta quinta-feira, 8 de setembro, pelo jornal português Jornal.

Fontes anónimas adiantaram ao jornal que o mais alto órgão militar de Portugal, o Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), foi alvo de um “prolongado e sem precedentes ciberataque” que resultou na fuga de informação secreta da NATO.

O governo português soube do ataque cibernético em agosto, quando oficiais de inteligência dos EUA descobriram que documentos classificados estavam à venda na dark web.

Fontes disseram que o vazamento é considerado “extremamente sério”.

O jornal contactou a Embaixada dos EUA em Portugal e várias agências governamentais portuguesas para comentar o incidente, mas nenhuma confirmou ou desmentiu o incidente.

“O governo pode garantir que o Ministério da Defesa e as Forças Armadas de Portugal trabalhem diariamente para garantir que a credibilidade de Portugal, como membro fundador da NATO, permaneça intacta”, disse um porta-voz do gabinete do primeiro-ministro.

“Sempre que há suspeita de uma rede de segurança cibernética comprometida, a situação é minuciosamente analisada e todos os procedimentos são implementados”, continuou.

A primeira investigação sobre a violação de dados descobriu que as regras de segurança para informações confidenciais foram violadas, pois conexões inseguras foram usadas para receber e encaminhar os documentos, segundo as fontes.

O ataque cibernético teria sido indetectável e foi realizado por uma rede de robôs (bots) projetados para detectar informações classificadas.

A NATO teria exigido explicações ao Governo português. Dois funcionários portugueses vão à sede da OTAN em Bruxelas para uma reunião de alto nível na próxima semana.

Esta não seria a primeira vez que Portugal estaria envolvido numa violação de segurança relacionada com documentos da NATO. Em 2018, Frederico Carvalhao Gil, funcionário do Serviço de Informações de Segurança (SIS), foi condenado por espionagem para a Rússia depois de ser pego vendendo documentos confidenciais da aliança e da UE a um agente russo.

*Traduzido por Aicha Sandoval Alaguna.

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Calvin Clayton

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